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Sírios
Bandeira da Síria
População total

c. 35 milhões

Regiões com população significativa
Síria, Brasil, Turquia, Venezuela, Argentina, Jordânia e Líbano
Línguas

Árabe (dominante)

Línguas neoaramaicas (minorias)
Religiões

Dominante: Islamismo sunita

Minorias: Islamismo xiita, Cristianismo e Druzismo
Etnia
Árabes
Grupos étnicos relacionados
Libaneses, palestinos, jordanianos, árabes, arameus, assírios e outros levantinos

Os sírios são um povo semita do Mediterrâneo Oriental nativo do Levante, mais especificamente da Síria.

Origem[editar | editar código-fonte]

Em torno de 90% da ancestralidade dos sírios é oriunda dos povos semitas que habitam a Síria desde tempos imemoriais, como os arameus, assírios e canaanitas. O restante provém das seguintes populações: povos da Anatólia e do sul da Europa (c. 1.000 a.C.), gregos (século IV a.C.) e povos do Cáucaso (domínio otomano).[1][2]

A influência dos gregos e romanos no povo sírio foi pouca em comparação com as populações que já habitavam o território.[1]

No século VII, o Califado Ortodoxo conquistou a Síria e, com isso, grande parte de sua população foi arabizada e se converteu ao Islã.[1]

O domínio Império Otomano sobre a Síria por quatro séculos não alterou o caráter árabe dominante da população.[1]

Diáspora[editar | editar código-fonte]

Antes da Guerra Civil Síria, já existia uma grande diáspora síria ao redor do mundo, estimada, em 2008, em 15 milhões de pessoas.[3] No Brasil, vivem quatro milhões de descendentes de sírios que se fixaram no país sul-americano nos séculos XIX e XX, segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores.[4] Na Argentina, também há uma comunidade descendente de sírios grande: estima-se que pouco mais de 3,5 milhões de argentinos possuam alguma ancestralidade sírio-libanesa.[5]

Com a guerra civil no país árabe, iniciada em 2011, estima-se que 6,6 milhões de sírios deixaram o país como refugiados, dos quais mais da metade foram para a Turquia. Muitos também se refugiaram em outros países vizinhos, como o Líbano e a Jordânia. Milhares também tentaram emigraram para a Europa, causando uma crise migratória entre 2014 e 2015.[6][7]

Idioma[editar | editar código-fonte]

O árabe sírio, a língua oficial da Síria, possui uma base no árabe clássico, mas recebe bastante influência e vocabulário das línguas semitas que eram faladas nessa parte do Levante antes da conquista árabe, sendo a principal delas o aramaico.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d Commins, David Dean et. al. «Syria» (em inglês). Encyclopaedia Britannica. Consultado em 30 de abril de 2023 
  2. Haber, Marc; Nassar, Joyce; Almarri, Mohamed A.; Saupe, Tina; Saag, Lehti; Griffith, Samuel J.; Doumet-Serhal, Claude; Chanteau, Julien; Saghieh-Beydoun, Muntaha (2 de julho de 2020). «A Genetic History of the Near East from an aDNA Time Course Sampling Eight Points in the Past 4,000 Years». The American Journal of Human Genetics (em inglês). 107 (1): 149–157. ISSN 0002-9297. PMC 7332655Acessível livremente. PMID 32470374. doi:10.1016/j.ajhg.2020.05.008. Consultado em 14 de julho de 2023 
  3. Singh, Shubha (17 de junho de 2008). «Like India, Syria has a large diaspora (With stories on Syrian president's visit)». Thaindian News (em inglês). Cópia arquivada em 16 de outubro de 2014 
  4. «República Árabe da Síria». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 1 de maio de 2023 
  5. «Inquietud en la comunidad sirio-libanesa de la Argentina». Clarín (em espanhol). 26 de março de 2011. Consultado em 30 de abril de 2023 
  6. Neves, Daniel. «Guerra Civil Síria: causas e consequências». Brasil Escola. Consultado em 30 de abril de 2023 
  7. «Síria». ACNUR Brasil. Consultado em 30 de abril de 2023