S. Bernardo (romance) – Wikipédia, a enciclopédia livre

São Bernardo
S. Bernardo (romance)
Capa da 1a edição por Tomás Santa Rosa.
Autor(es) Graciliano Ramos
País  Brasil
Gênero Romance
Linha temporal Século XX
Localização espacial Alagoas
Arte de capa Tomás Santa Rosa
Editora Ariel
Formato Brochura
Lançamento 1936 (1a. edição)
Cronologia
Caetés
Angústia

S. Bernardo, também editado posteriormente como São Bernardo, é um romance escrito por Graciliano Ramos, publicado em 1934 e situado na segunda etapa do modernismo brasileiro. É com este romance que Graciliano Ramos adquire reconhecimento crítico, e matura um estilo mais seco do que o do livro anterior, Angústia, que, no entanto, lhe deu mais popularidade.[1]

São Bernardo conta a história de um trabalhador rural, um trabalhador de enxada sem família que passa pela miséria, mas sobe sem escrúpulos e adquire uma consciência crítica posterior (Antonio Candido define o protagonista Paulo Honório como "um enjeitado").[2] O livro, conforme mostraram Antonio Candido e João Luís Lafetá,[3][4] denuncia a condição socioeconômica exploratória sob o capitalismo e o latifúndio.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

A obra consiste na história de Paulo Honório, um homem simples mas ambicioso que acaba por se transformar num grande fazendeiro do sertão de Alagoas. Casa-se com Madalena para conseguir um herdeiro. Incapaz de entender a forma humanitária pela qual a mulher vê o mundo, ele tenta anulá-la com seu autoritarismo.

Personagens[editar | editar código-fonte]

  • Paulo Honório - personagem principal, natural de Viçosa. Depois de comprar a fazenda São Bernardo, investe no seu desenvolvimento;
  • Luís Padilha - herdeiro da fazenda São Bernardo;
  • Casimiro Lopes - amigo de Paulo Honório;
  • Azevedo Gondim - jornalista local;
  • Padre Silvestre
  • Nogueira - advogado.
  • Ribeiro - contabilista;
  • Margarida - negra doceira que criou Paulo Honório;
  • Madalena - professora primária, que casa com Paulo Honório.

Adaptação para o cinema[editar | editar código-fonte]

S. Bernardo foi adaptado para o cinema em 1972. Dirigido por Leon Hirszman, São Bernardo ganhou 9 prêmios em festivais nacionais e internacionais.[5] com Othon Bastos e Isabel Ribeiro nos papéis centrais.

Referências

  1. Candido, 2006 p. 47.
  2. Candido, 1978, p. 103.
  3. Candido, 1978.
  4. Lafetá, 1995, págs. 192-217.
  5. Luís Alberto Rocha Melo para o Diário Caçadorence, Cine SESC exibe hoje o filme “São Bernardo”, 17/05/2012

Bibliografia[editar | editar código-fonte]