Santa Maria della Scala – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Santa Maria Scala Coeli.
Igreja de Santa Maria da Escada
Santa Maria della Scala
Santa Maria della Scala
Fachada
Tipo
Estilo dominante
Início da construção 1593
Fim da construção 1610
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Website Site oficial
Geografia
País Itália
Região Roma
Coordenadas 41° 53' 28" N 12° 28' 04" E

Santa Maria della Scala ou Igreja de Santa Maria da Escada é uma igreja titular em Roma, Itália, localizada no rione Trastevere, na piazza della Scala. É dedicada a Nossa Senhora e faz parte da paróquia de Santa Dorotea.

O atual cardeal-diácono do título de Santa Maria da Scala é o albanês Ernest Simoni.

História[editar | editar código-fonte]

A igreja foi construída entre 1593 e 1610 para abrigar um milagroso ícone de Nossa Senhora que, segundo a tradição, depois de ter sido colocado num degrau da escada de uma casa de uma mãe vizinha da igreja, curou o filho deformado dela. Ele está hoje num altar no braço norte do transepto, ao lado de uma estátua barroca de São João da Cruz. Ela foi construída por O.Mascherino e F.da Volterra. O interior tem apenas uma nave com um transepto, mas não uma grande cúpula. A fachada simples contrasta com o interior, em formato de cruz latina, com três capelas de cada lado da nave, ricamente decoradas com mármores multicoloridos e diversos altares.

O edifício está ao lado de um mosteiro famoso pela farmácia da corte papal do século XVII, com a mobília e equipamentos muito bem preservados. Em 1650, quase cinquenta anos depois da construção ter terminado, Carlo Rainaldi projetou para a igreja um baldaquino no formato de um tempietto suportado por dezesseis elegantes colunas coríntias de jaspe e o altar-mor.

Em 1849, durante o período final da resistência da República Romana às forças francesas invasoras, Santa Maria della Scala foi utilizada como hospital e ali os soldados de Garibaldi feridos nos combates no Trastevere foram tratados.

Arte[editar | editar código-fonte]

O coro, nave e a abóbada do braço norte transepto estão decoradas por pinturas cujo objetivo é parecerem modelos enquanto que o braço sul do transepto abriga modelos reais em estuque, um altar e abriga as relíquias de Santa Teresa de Ávila (um de seus pés).

A igreja abriga ainda "Decapitação de João Batista", do pintor holandês Gerrit van Honthorst, e uma pintura da "Morte da Virgem", de Carlo Saraceni. Esta última substituiu a versão anterior mais controversa de Caravaggio ("Morte da Virgem (Caravaggio)"). Segundo os rumores, ele teria utilizado uma prostituta como modelo para a Virgem morta. Além disso, destino do corpo de Maria depois do fim de seus dias era e ainda é um tema de contenda entre católicos e ortodoxos (veja Dormição de Maria e Assunção de Maria). Por isso, não é de se surpreender que as carmelitas descalças, que utilizavam a igreja (e ainda estão lá), suspeitaram que faltava à versão de Caravaggio o devido decoro e que provavelmente beirava a heresia.

O "Salão de São José" abriga uma coleção de Tito Sarrocchi.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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