Santiago Casares Quiroga – Wikipédia, a enciclopédia livre

Santiago Casares Quiroga
Santiago Casares Quiroga
Santiago Casares Quiroga
Presidente do governo da Espanha
Período 1936 a 1936
Antecessor(a) Manuel Azaña Díaz
Sucessor(a) José Giral
Dados pessoais
Nascimento 1884
Morte 1950
Paris

Santiago Casares Quiroga (Corunha, 23 de outubro de 1884Paris, 23 de dezembro de 1950) foi um político galeguista e advogado espanhol.[1][2][3] Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de em 1936.[1][2][3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Líder e fundador da Organización Republicana Gallega Autónoma (ORGA), participou no Pacto de São Sebastião (1930), em representação da Federación Republicana Gallega. Em Dezembro desse ano foi enviado a Jaca como delegado do comitê revolucionário republicano na clandestinidade, para evitar a sublevação que preparavam um grupo de militares republicanos. Não chegou a tempo, pelo qual a sublevação teve lugar, sem sucesso nenhum. Como consequência, foi encarcerado.

Com a chegada da república foi nomeado Ministro da Marinha no governo provisório e depois Ministro da Governação. Elegido deputado pelas Cortes Constituintes pela ORGA, continuou sendo Ministro da Governação durante o governo socialista-republicano presidido por Manuel Azaña.

Elegido deputado novamente em 1933, e em 1934 (a ORGA passou a chamar-se Partido Republicano Gallego) une seu partido com o de Azaña e outras forças para criar a Izquierda Republicana, partido que se integraria na Frente Popular. Após as eleições de 1936 foi nomeado Ministro de Obras Públicas. Após Azaña aceder à presidência da República, Casares Quiroga foi nomeado Presidente do Governo e Ministro da Guerra. Como presidente, organizou o referendo sobre o Estatuto de Autonomia da Galiza de 1936 , o terceiro que se apresentava depois dos de Catalunha e do País Basco, o qual é aprovado a 28 de Junho do mesmo ano.

Seguia sendo presidente do governo quando ocorreu a sublevação militar de 18 de Julho de 1936, a qual ocasionaria a Guerra Civil Espanhola.[1] Afirmou-se tradicionalmente que ele recusara entregar as armas às organizações de trabalhadores, pelo qual demitira e fora substituído por Diego Martínez Barrio de forma interina e por José Giral definitivamente. Porém, as memórias de Manuel Portela Valladares (inéditas até 1972) e as da sua filha María Casares, coincidem em afirmar o contrário: foi o presidente da República, Manuel Azaña, que cessou a Casares a 18 de Julho de 1936 porque este último queria entregar armas ao povo.

Não ocupou nenhum cargo mais durante a Guerra Civil, marchando a França antes da sua finalização. Morreu no exílio em 1950.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Webster, Jason (2010). Guerra (em inglês). Londres: Transworld. p. 281 
  2. a b Bolloten, Burnett (1991). The Spanish Civil War: Revolution and Counterrevolution (em inglês). Chapel Hill: Univ of North Carolina Press. p. 31 
  3. a b Alvarez, José E. (2018). The Spanish Foreign Legion in the Spanish Civil War, 1936 (em inglês). Columbia: University of Missouri Press. p. 55 

Precedido por
Manuel Azaña Díaz
Presidentes do governo de Espanha
1936 - 1936
Sucedido por
José Giral
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