Sexto Apuleio (cônsul em 29 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Sexto Apuleio.
Sexto Apuleio
Cônsul da República Romana
Consulado 29 a.C.

Sexto Apuleio (em latim: Sextus Appuleius) foi um político gente Apuleia da República Romana nomeado cônsul em 29 a.C. com Otaviano. Era filho de Sexto Apuleio com Otávia Maior, a meia-irmã mais velha de Otaviano, irmão de Marco Apuleio,[1] cônsul em 20, e pai de Sexto Apuleio, cônsul em 14.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Escultura na face do Altar da Paz, em Roma.

Sexto Apuleio ocupou uma série de cargos importantes durante o reinado de seu tio. Foi nomeado áugure em 31 a.C,[3] cônsul em 29 a.C. com ele dois anos depois, função na qual serviu até 30 de junho, como era o costume, sendo substituído por Potito Valério Messala.[4][5] Depois, serviu como procônsul da Hispânia em 28 a.C., durante as Guerras Cantábricas, e da Ásia entre 23 e 22 a.C.. Por conta de algum ato durante seu primeiro proconsulado, provavelmente sobre os cântabros, foi-lhe concedida a honra de um triunfo em 26 a.C.[6] Entre 21 e 20 a.C. foi um dos arvais.[7] Em 13 a.C., presidiu o funeral de Marco Vipsânio Agripa com Tibério Cláudio Nero, Públio Quintílio Varo e Julo Antônio, filho de Marco Antônio.[8]

Dião Cássio[9] menciona que, por volta de 12 a.C., Apuleio e Caio Cílnio Mecenas foram acusados perante um tribunal por terem ajudado na consumação de um adultério. Segundo uma inscrição na Ásia,[10][11] Sexto casou-se com uma mulher chamada Quintila, irmã do político e general romano Públio Quintílio Varo,[1] e teve com ela dois filhos de bastante relevo durante o primeiro período do Império Romano, conhecido como "Principado": um filho chamado Sexto Apuleio, cônsul em 14, e uma filha chamada Apuleia Varília, exilada por causa de um adultério.[6][12]

Aparentemente foi ainda governador da província romana de Ilírico em 8 a.C., logo depois de Tibério Cláudio Nero, o futuro imperador Tibério,[13][14] sendo sucedido por Lúcio Domício Enobarbo. É possível ainda que tenha sido este Sexto Apuleio (e não seu pai) que foi flâmine "Julial".[6] Já foi proposto que o flâmine de meia-idade que está esculpido numa das faces do Altar da Paz, em Roma, é justamente ele neste papel.[15] Não se sabe quando Apuleio morreu.

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]


Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Otaviano IV

com Lúcio Sênio (suf.)

Otaviano V
29 a.C.

com Sexto Apuleio
com Potito Valério Messala (suf.)

Sucedido por:
Otaviano VI

com Marco Vipsânio Agripa II


Referências

  1. a b Ronald Syme, Augustan Aristocracy (1989), p. 316
  2. Ronald Syme, The Roman Revolution, p. 328
  3. T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, Vol. ii p. 424
  4. Dião Cássio, História Romana LI 20
  5. Dião Cássio, História Romana LI 21
  6. a b c Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 317
  7. J.Sheid, Les Frères Arvales, Recrutement et origine sociale sous les Julio-Claudiens (Bibliothèque des Hautes Etudes, Sc. Relig., vol. 77), Paris 1975, p.13 segg..
  8. Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 229.
  9. Dião Cássio, História Romana LIV 30,4
  10. AE 1966, 422
  11. Inscriptiones Latinae Selectae 8783 da Pergamo; AE 1966, 425
  12. Tácito, Anais II, 50.
  13. Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 152
  14. Cassiodoro, Chron. Min. II 135.
  15. Pollini, J., 'Ahenobarbi, Appuleii and Some Others on the Ara Pacis', p. 458

Bibliografia[editar | editar código-fonte]