Sexto Júlio César (cônsul em 91 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Sexto Júlio César.
Sexto Júlio César
Cônsul da República Romana
Consulado 91 a.C.
Morte 89 a.C.

Sexto Júlio César (em latim: Sextus Iulius Caesar; 89 a.C.) foi um político da família César da gente Júlia da República Romana eleito cônsul em 91 a.C. com Lúcio Márcio Filipo. Era um parente do ditador Júlio César.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Denário da série de Sexto Júlio César
Busto com elmo; uma âncora (esq.). General romano em uma Biga em triunfo. Inscrição ROMA acima e SEX•IVL•CAISAR abaixo.
Æ Denário de prata

Provavelmente foi pretor em 94 a.C. antes de ser eleito cônsul, em 91 a.C., com Lúcio Márcio Filipo.[2] O ano do seu consulado foi problemático, porque o tribuno da plebe Marco Lívio Druso tentou fazer várias reformas, tentou dar cidadania romana aos aliados italianos, não conseguiu, e foi assassinado. Com sua morte, os aliados se revoltaram, na que ficou conhecida como Guerra Social.[3]

Atuou como legado de Cneu Pompeu Estrabão, cônsul em 89 a.C. e morreu de uma doença não identificada no mesmo ano, durante o Cerco de Ásculo ("Asculum").[4]

O seu nome aparece nos Fastos Capitolinos, mas está corrompido, o que inviabiliza a identificação de seus ancestrais. Apiano[5] o confunde com Lúcio Júlio César, o cônsul em 90 a.C..

Família[editar | editar código-fonte]

De acordo com o genealogista inglês William Berry, ele seria de um ramo distante da família de Júlio César, o ditador. Segundo esta hipótese, ele seria neto de Sexto Júlio César, o embaixador em Abdera, e bisneto de Sexto Júlio César, tribuno militar e trisavô de Júlio César. Seria ainda o avô de Sexto Júlio César, governador romano da Síria.[6]

De acordo com William Smith, ele era filho de Caio Júlio César, o avô do ditador, e de Márcia, sendo, portanto, irmão de Caio Júlio César, o pai do ditador, e de Júlia, tia do ditador e esposa de Caio Mário.[7] O avô paterno deste Sexto não é conhecido, mas, segundo uma conjectura de Drumann, Caio Júlio César, o avô do ditador, seria filho de Sexto Júlio César (César no.4), que restaurou a liberdade de Abdera, e irmão de Sexto Júlio César (César no.6), cônsul em 157 a.C..[7] Este Sexto Júlio César, cônsul em 91 a.C., seria então o pai de Sexto Júlio César (César no. 23), que foi flâmine quirinal,[7] e, provavelmente, avô de Sexto Júlio César (César no. 23), que foi nomeado por Júlio César como governador da Síria em 47 a.C. e assassinado no ano seguinte.[7]

De acordo com Jona Lendering, ele seria irmão de Caio Júlio César, o pai de Júlio César, e pai de Sexto Júlio César, o governador da Síria.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Caio Cláudio Pulcro

com Marco Perperna

Sexto Júlio César
91 a.C.

com Lúcio Márcio Filipo

Sucedido por:
Lúcio Júlio César

com Públio Rutílio Lupo


Referências

  1. Luciano Canfora (1999). Giulio Cesare. Il dittatore democratico (em italiano). Roma-Bari: Laterza. p. 246. ISBN 8842081566 
  2. Plínio, História Natural II 83 s. 85; XXXIII 3 s. 17; Eutrópio, Breviário V 3; Floro, Epítome III 18; Paulo Orósio, Histórias V 18; Julio Obsequente, Livro dos Prodígios 114.
  3. a b Jona Lendering, Sextus Julius Caesar [em linha]
  4. Apiano, Guerras Civis, 1, 48.
  5. Apiano, Guerras Civis I 40.
  6. William Berry, Genealogia antiqua: or, Mythological and classical tables, compiled from the best authors on fabulous and ancient history (1816)
  7. a b c d Smith

Bibliografia[editar | editar código-fonte]