Sistema de escape no lançamento – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um teste do LES para o Projeto Apollo.
Diagrama do LES (Launch Escape System).

Um Sistema de escape no lançamento, do inglês: Launch Escape System (LES), é um sistema projetado para separar rapidamente a espaçonave do veículo lançador, em situações onde há perigo iminente para a tripulação. O sistema é montado no topo de um foguete e conectado ao módulo tripulado e, em caso de emergência como uma explosão, impulsiona o módulo para longe do resto do foguete.

Historicamente o LES foi usado nas naves espaciais Mercury e Apollo, continua a ser usados na nave espacial russa Soyuz e será usado nos voos espaciais privados e na nave espacial Orion, que está sendo desenvolvida para o governo dos EUA.

A única emergência que usou um LES ocorreu durante a tentativa de lançamento da Soyuz T-10-1 em 26 de setembro de 1983. O foguete pegou fogo pouco antes do lançamento, mas o LES foi capaz de afastar a cápsula da tripulação segundos antes que o foguete explodisse. A tripulação foi submetida a uma aceleração de 14 a 17 g por cinco segundos. Segundo relatos, a cápsula alcançou uma altitude de 2.000 m e aterrizou a 4 km do ponto de lançamento.

O sistema de escape no lançamento da Soyuz, é abreviado para CAC ou SAS, do termo em russo Система Аварийного Спасения ou Sistema Avariynogo Spaseniya, que significa Sistema de Salvamento de Emergência.[1]

Como demonstrado pela Soyuz T-10-1,[2] um LES deve ser capaz de afastar o compartimento da tripulação do ponto de lançamento para uma altura suficiente para que seus pára-quedas se abram. Consequentemente o sistema só deve ser usados por grandes foguetes.

Os projetistas de naves espaciais preferem usar assentos ejetáveis por serem mais leves e prontos para uso quando a nave retorna a Terra. Entretanto, os assentos ejetáveis não são práticos para naves espaciais com grande tripulação, pois necessitam de assentos e escotilhas separadas para cada membro da tripulação.

O Ônibus Espacial inicialmente possuía assentos ejetáveis, mas foram substituídos logo que o veículo foi considerado operacional.

A nave espacial russa Vostok e a americana Gemini utilizaram assentos ejetáveis.

Depois do desastre da Challenger, todas as naves que permanecem em órbita possuem o sistema que permite a evacuação da tripulação através da escotilha principal, embora só possa ser usado num voo controlado.

A nova nave espacial Orion que está sendo desenvolvida para substituir o Ônibus Espacial retomará o sistema de escape usado nos programas Mercury e Apollo.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Fontes externas[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Soyuz launch escape system». RuSpace 
  2. Shayler, David (2000). Disasters and Accidents in Manned Space Flight. [S.l.]: Springer Praxis. p. 157. ISBN 1-85233-225-5 
  3. «MLAS abort test takes place as Ares I-X moves into stacking operations». NASA Spaceflight 
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