Suzano – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Suzano (desambiguação).
Suzano
  Município do Brasil  
Suzano e o Rio Tietê
Suzano e o Rio Tietê
Suzano e o Rio Tietê
Símbolos
Bandeira de Suzano
Bandeira
Brasão de armas de Suzano
Brasão de armas
Hino
Gentílico suzanense
Localização
Localização de Suzano em São Paulo
Localização de Suzano em São Paulo
Localização de Suzano em São Paulo
Suzano está localizado em: Brasil
Suzano
Localização de Suzano no Brasil
Mapa
Mapa de Suzano
Coordenadas 23° 32' 34" S 46° 18' 39" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Santo André
Distância até a capital 34 km[1]
História
Fundação 11 de dezembro de 1908 (115 anos)
Emancipação 2 de abril de 1949 (74 anos)
Administração
Prefeito(a) Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi (PL, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 206,236 km²
População total (Dados oficiais IBGE/2022[3]) 307 364 hab.
 • Posição SP: 25º
Densidade 1 490,4 hab./km²
Clima subtropical (Cfb)
Altitude 749,43 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,765 alto
PIB (IBGE/2021[5]) R$ 14 811 514 mil
 • Posição BR: 81.º
PIB per capita (IBGE/2021[5]) R$ 48,818,92 ///[2]
Sítio www.suzano.sp.gov.br (Prefeitura)
www.camarasuzano.sp.gov.br (Câmara)

Suzano é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Região Metropolitana de São Paulo e Alto Tietê.

É formado pela sede e pelos distritos de Boa Vista Paulista e Palmeiras de São Paulo.[6][7]

A emancipação política do município de Suzano ocorreu em no final da década de 1940, e desde então destaca-se na Região Metropolitana de São Paulo por ser um polo industrial, especialmente do setor químico. Quando se tornou município, Suzano já abrigava 563 indústrias e 5.274 empresas;[8] juntando a isso o fato de ter um setor comercial diversificado, com centros comerciais nos distritos de Boa Vista e Palmeiras, além do Centro - que possui um shopping inclusive -, o município estava, em 2009, entre os vinte que mais arrecadam Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - (ICMS), no estado de São Paulo.

O crescimento industrial de Suzano foi impulsionado no passado em razão de possuir locais disponíveis para a instalação de empresas e por ter acesso a rodovias que levam ao interior e litoral do estado. Diretamente por Suzano, passam as rodovias Índio Tibiriçá, Rodoanel e Henrique Eroles. Suzano tem acesso direto à Rodovia Ayrton Senna, Rodovia Anchieta e acesso indireto á Mogi-Dutra e consequentemente a própria Dutra.

Destaca-se ainda em Suzano a produção agrícola e de flores, além do esporte. Suzano recebeu por toda a sua história influência da cultura japonesa, tendo recebido várias famílias do Japão no movimento migratório do começo do século. Hoje essas famílias fazem parte da economia e política de Suzano. Atualmente os principais problemas enfrentados pelo município são decorrentes da explosão populacional que ocorreu em Suzano e em toda a Grande São Paulo.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome "Suzano" foi escolhido em homenagem ao engenheiro Joaquim Augusto Suzano Brandão, responsável pela conclusão das obras da estação ferroviária de Guaió em 1908. Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa este topônimo deveria ser grafado "Susano".

História[editar | editar código-fonte]

Fundação e povoamento[editar | editar código-fonte]

O fundador do povoado que viria a se transformar no município de Suzano foi o padre jesuíta Francisco Baruel, que tinha por missão a catequese dos indígenas, em meados de 1660.[9] O Frei Baruel deu início à construção de uma capela, após disputas acirradas entre índios Pés Largos e os Guaianases, nativos daquela área, com o objetivo de apaziguar os ânimos dos indígenas. A construção atraiu novos moradores e logo se formou um povoado. O santuário foi reconstruído em 1750 pelo padre Antônio Sousa e Oliveira, que deu a ele o nome de Nossa Senhora da Piedade de Taiaçupeba. 135 anos mais tarde, a capela foi transformada em igreja. Em 1895 a igreja ruiu por conta de uma forte chuva e somente com a chegada da família Bianchi foi reconstruída. Desde então a área passou a ser conhecida como Baruel - nome escolhido pela presença da família Barweel, que chegou a Suzano no século XVI.

Na década 1870, foram implantados os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo - Rio de Janeiro. Alguns anos mais tarde, em 1879, estabeleceu-se na região Antônio Marques Figueira, feitor da Estrada de Ferro. Em 1885, chegou à região o seu irmão Tomé Marques Figueira, que muito contribuiu ao povoado. Em 1890, os dois irmãos mandaram elaborar a planta da cidade, trabalho executado pelo Conde Romariz. A primeira denominação da localidade foi "Vila da Concórdia", nomeada posteriormente de "Vila da Piedade". Com a encampação da ferrovia pela companhia Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1891, houve a consolidação do vilarejo.

Monumento aos Expedicionários de Suzano.

A via férrea que passa pelo Alto Tietê, conhecida na época como Estrada de Ferro do Norte ou São Paulo-Rio, foi construída por fazendeiros do Vale do Paraíba, com o propósito inicial de fazer o transporte do café. Na época, o local era conhecido como Guayó, mas anos mais tarde o nome foi alterado para Suzano em homenagem ao engenheiro Joaquim Augusto Suzano Brandão, que morava na central ferroviária. Como em todas as cidades da região, a estrada foi uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da área, que a partir dos trilhos registrou um número bem maior de visitantes. Com isso, iniciou-se a implantação de várias indústrias, atraídas pelas vantagens do transporte mais eficaz e rápido dos trens. Em 1869 a estação de trens foi oficialmente construída.

Em janeiro de 1897, foi realizada a primeira missa na nova igreja construída pelos irmãos Marques Figueira, passando a vila a ser conhecida por "São Sebastião do Guaió". As reivindicações por melhores nas instalações da parada de trens foram levadas ao engenheiro residente da ferrovia doutor Joaquim Augusto Suzano Brandão que, após desenvolver criterioso estudo, atendeu às reivindicações. Foi construída uma estação na localidade e a vila, a 11 de dezembro de 1908, passou a ser chamada oficialmente pelo nome de Suzano, em homenagem a ele. Em contrapartida, a rotina calma da estação ficou no passado. Com cerca de 18 mil usuários passando diariamente pela estação atualmente, o corre-corre e a agitação fazem parte do dia-a-dia nos trilhos.

Século XX[editar | editar código-fonte]

Em 1908, desembarcaram do cargueiro Kasato Maru, no porto de Santos, os primeiros imigrantes japoneses no Brasil. Eles foram convencidos por um japonês chamado Ryu Mizuno de que o trabalho de poucos anos nas lavouras de café brasileiras lhes daria fortuna suficiente para voltar ao Japão e viver tranquilamente o resto de seus dias. Em Suzano, a colônia mantém suas tradições e está inserida definitivamente em todos os setores do município.[10]

Apesar de ser a principal influência de cultura estrangeira, e de sua predominância, não foram apenas os descendentes de japoneses que criaram a atual identidade de Suzano. Muitas famílias de origem italiana também vieram para a cidade e serviram como base para a criação de alguns bairros e indústrias importantes na história de Suzano. Os Raffo foram uma delas. O italiano Giovanni Battista Raffo veio para Suzano em 1915. Para não perder os laços com sua terra natal, deu início à fabricação de vinho no porão da sua casa, em um sobrado na Rodovia índio Tibiriçá. Anos mais tarde, em 1962, ampliou a empresa e deu a ela o nome de Viti Vinícola Irmãos Raffo Ltda., e depois, Indústria de Bebidas Irmãos Raffo Ltda. Hoje o bairro é conhecido como Raffo.[11]

Paço Municipal de Suzano, inaugurado em 2001.

A partir do início do século XX, o povoado experimentou constante crescimento, com aumento expressivo de sua população, o que justificou sua elevação a categoria de Distrito, anexo ao município de Mogi das Cruzes, por meio da Lei Estadual nº 1705 de 27 de dezembro de 1919, promulgada pelo então presidente do estado de São Paulo, Altino Arantes. Também ficou registrado na história do município o dia 8 de dezembro de 1940, quando o então arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar d'Afonseca e Silva, determinou a elevação de Suzano a categoria de Paróquia, motivado pela importância do Distrito no contexto regional.

Após um longo caminho, em 8 de dezembro de 1948, Suzano atingiu a condição de município por meio de sua emancipação de Mogi das Cruzes, através de lei sancionada pelo então governador do estado de São Paulo, Ademar Pereira de Barros. Em 14 de abril de 1958, foi criada por lei estadual a Comarca de Suzano, cuja instalação ocorreu em 26 de maio de 1962.

Massacre de Suzano[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Massacre de Suzano

Em 13 de março de 2019, a cidade se tornou notícia em várias partes do mundo devido ao massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, no qual um homem de 25 anos e um adolescente de 17 anos, ambos ex-alunos daquela escola, assassinaram oito pessoas, entre alunos, funcionários da escola e até mesmo o tio de um dos assassinos, e, ao perceberem que estavam cercados por policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo (GATE), cometeram suicídio.[12]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio Julho (Média de 14 °C) e o mais quente Fevereiro (Média de 22 °C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1550 mm.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1983 (a partir de 1 de agosto) a 1993 (até 14 de junho), a menor temperatura registrada em Suzano foi de 2,4 °C nos dias 6 de agosto de 1983 e 9 de agosto de 1987,[13] e a maior atingiu 37,5 °C em 7 de março de 1990.[14] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 124,7 mm em 24 de janeiro de 1987. Outros grandes acumulados foram 111 mm em 8 de março de 1992, 105,7 mm em 2 de março de 1986 e 104,7 mm em 24 de março de 1993.[15] O menor índice de umidade relativa do ar foi de 16%, na tarde de 11 de setembro de 1990.[16]

Dados climatológicos para Suzano
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 35,6 34,8 37,5 32,1 31,7 29,6 29 32 35,3 35 35,7 33 37,5
Temperatura máxima média (°C) 25,2 25,3 24,6 22,9 21,2 20,2 19,5 20,5 21,4 22,1 23,1 24,1 22,5
Temperatura média (°C) 20,8 20,9 20,2 18,2 16,2 14,9 14,3 15,2 16,4 17,5 18,6 19,7 17,7
Temperatura mínima média (°C) 16,5 16,6 15,9 13,6 11,3 9,7 9,1 10 11,4 12,9 14,2 15,4 13
Temperatura mínima recorde (°C) 10,2 14,2 9,7 10 4 4,2 4,6 2,4 4 7,2 9,2 9,8 2,4
Precipitação (mm) 239 228 190 84 68 52 41 51 89 156 146 201 1 545
Fonte: Climate-Data.[17] e Instituto Nacional de Meteorologia (recordes de temperatura de 01/08/1983 a 14/06/1993).[13][14]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Rio Tietê, trecho de Suzano.

Distâncias[editar | editar código-fonte]

Limites[editar | editar código-fonte]

Seus municípios limítrofes são Itaquaquecetuba a norte, Mogi das Cruzes a leste, Santo André a sul, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires a sudoeste, Ferraz de Vasconcelos a oeste e Poá a noroeste. Apesar de amplamente difundido é incorreto dizer que o município faz divisa com Mauá. A região da antiga estrada de Sete Cruzes pertence ao município de Ribeirão Pires.

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Formação geológica[editar | editar código-fonte]

Terciária – formação São Paulo – arenitos, argilas, folhelhos, pirobetuminosos.

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Cidades-irmãs[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

A economia suzanense é fortemente caracterizada pelas atividades industrial, comercial e hortifrutigranjeira. Suzano tem hoje o maior PIB per capita do Alto Tietê e é referência industrial e comercial da região.

Setor primário

A produção agrícola no município de Suzano foi ancorada fundamentalmente na colônia japonesa existente. A olericultura e a produção de flores se faziam presentes na riqueza da cidade. Nas décadas de 80 e 90, Suzano era conhecida como a "Cidade das Flores", pois tanto produzia quanto exportava flores. Suzano faz parte do chamado Cinturão Verde da Região Metropolitana de São Paulo. Há uma forte presença de produtores rurais (cerca de 540 produtores rurais, metade deles de origem japonesa) que produzem verduras e legumes. Também está em Suzano o maior produtor da América Latina de poinsetia (folhagem vermelha utilizada principalmente nas decorações de Natal).

Setor secundário

O município abriga indústrias de grande porte, tanto de capital nacional quanto estrangeiro, destacando-se a NSK, Mitutoyo, Suzano Papel e Celulose, Nadir Figueiredo (antiga Corning do Brasil), Clariant (antiga Hoescht), Orsa, Nalco do Brasil, Tsuzuki, CBD Mecânica Industrial, Komatsu, Kimberly-Clark Brasil e Formica. Devido a sua forte produção industrial, a arrecadação de ICMS no município é a maior da região e 20ª do Estado de São Paulo, superando, inclusive, a de Mogi das Cruzes. Atualmente há 327 indústrias em Suzano que geram quase 10 mil empregos diretos e 3.327 indiretos.[22] Suzano foi sede da Cerâmica Gyotoku, que chegou a ser uma das principais fabricantes de pisos e revestimentos do Brasil.

Setor terciário

Nos últimos tempos tem havido um crescimento de investimentos empresariais nas áreas de comércio. As duas principais ruas de comércio no centro são as avenidas General Francisco Glicério e Benjamin Constant, onde estão as "lojas-âncora" e que atraem a população até de bairros da capital paulista. É o principal polo comercial de varejo de todo o Alto Tietê. No início dos anos 2000 foi inaugurado o Suzano Shopping, que contribuiu para a expansão comercial de Suzano. Atualmente há 3.423 estabelecimentos comerciais em Suzano. O Município também possui um Parque Aquático com Hospedagem, o Magic City.

Há também um centro comercial no Jardim Dona Benta que está localizado no Distrito do Boa Vista na região norte da cidade, nessa região está ocorrendo um aumento de investimentos na área do comércio.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

ETEC de Suzano.

Suzano possui escolas de nível fundamental, médio, técnico e superior. Na educação básica há escolas públicas e privadas, incluindo unidades do SESI. Em 2008 foi inaugurada uma escola técnica estadual construída no antigo prédio do CEFAM (Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) de Suzano. A ETEC de Suzano foi instalada no segundo semestre daquele ano. Na época da instalação, contava com dois cursos (Técnico em Gestão Ambiental e Técnico em Química).[23]

No município está instalada a Faculdade Unida de Suzano - Unisuz, e unidades de educação a distância de instituições de outros municípios.

Desde o segundo semestre de 2010 entrou em funcionamento uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFSP, no Jardim Monte Cristo[24][25], sendo ministrados cursos técnicos (Administração e Automação Industrial), técnicos integrados ao ensino médio[26] (Administração, Automação Industrial e Química), e superiores (Tecnólogo em Logística, Tecnólogo em Mecatrônica, Licenciatura em Química, Bacharelado em Química Industrial, e Engenharia de Controle e Automação), dentre outros. Com a conclusão das obras, serão ministrados mais cursos técnicos e cursos de nível superior.[27]

Ao lado do IFSP há o campus da UniPiaget Brasil.[28] O campus da UniPiaget Brasil faz parte do Instituto Piaget, um instituto privado de origem portuguesa de educação superior espalhado em todo território lusófono através de 12 (doze) escolas e institutos, possui também campi em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. Seu nome é em homenagem ao psicólogo suíço Jean Piaget.

Os alunos de Suzano estão distribuídos da seguinte forma:

Matriculados na rede de ensino durante o ano letivo de 2012
Pré-Escola 7.716
Ensino Fundamental 45.353
Ensino Médio 16.168

Escolas ativas em território suzanense:

Números de escolas ativas em 2012
Pré-Escola 75
Ensino Fundamental 105
Ensino Médio 38

Quantidade total de docentes nas escolas de Suzano:

Matriculados na rede de ensino durante o ano letivo de 2012
Pré-Escola 926
Ensino Fundamental 2.169
Ensino Médio 367

Transportes[editar | editar código-fonte]

Trens[editar | editar código-fonte]

O município é servido pelos trens da Linha 11 do Trem Metropolitano de São Paulo por meio da Estação Suzano, que futuramente será terminal da Linha 12.

Ônibus[editar | editar código-fonte]

As linhas de ônibus municipais são operadas pela empresa Radial Transporte[29].

O município também é servido por linhas de ônibus intermunicipais da EMTU através do Consórcio Unileste, que ligam Suzano às cidades de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e São Paulo. Além disso, existem linhas que ligam Suzano à cidade de Ribeirão Pires no Grande ABC e que são operadas pela empresa Next Mobilidade, pertencente a Área 5.

Existem também algumas linhas de responsabilidade da ARTESP e administradas pela Viação Cometa que interligam Suzano aos municípios de Aparecida, Caçapava, Praia Grande (São Paulo), Ribeirão Pires, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São Vicente (São Paulo) e Taubaté. Já as linhas administradas pela Viação Piracicabana abrangem as cidades de Bertioga e São Sebastião. No passado, já existiram linhas até Guarujá, mas atualmente nenhuma segue esse percurso.[30]

Ferrovias[editar | editar código-fonte]

O município é cortado e servido pelas seguintes ferrovias, sendo uma voltada ao transporte suburbano de passageiros e uma voltada ao transporte de cargas:

Rodovias[editar | editar código-fonte]

O município é cortado e servido pelas seguintes rodovias:

Principais vias[editar | editar código-fonte]

  • Avenida Antônio Marques de Figueira
  • Avenida Armando de Salles Oliveira
  • Avenida Brasil
  • Avenida Jorge Bey Maluf
  • Avenida Major Pinheiro Fróes (SP-66 lado norte)
  • Avenida Francisco Marengo
  • Avenida Miguel Badra
  • Avenida Mogi das Cruzes
  • Avenida Vereador João Batista Fittipaldi
  • Estrada dos Fernandes
  • Rua Baruel
  • Rua Benjamin Constant
  • Rua General Francisco Glicério
  • Rua Prudente de Morais (SP-66 lado sul)
  • Rua Nove de Julho
  • Rua Dr. Campos Salles

Comunicações[editar | editar código-fonte]

A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC)[34] até 1998, quando esta empresa foi privatizada e vendida juntamente com a Telecomunicações de São Paulo (TELESP) para a Telefônica[35], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[36] para suas operações de telefonia fixa.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Suzano é um dos municípios brasileiros que mais receberam influência da cultura japonesa, por causa da Imigração japonesa no Brasil. Atualmente, há 16 mil descendentes de japonês na cidade.[37]

Depois de desembarcarem do Kasato Maru, primeiro navio de imigrantes japoneses a ancorar no Brasil, os 781 estrangeiros se distribuíram em várias regiões do estado de São Paulo. Os primeiros japoneses a se instalarem em Suzano foram Kisaku Haguihara e Noriyuki Oshima e dedicaram-se à agricultura. Daí por diante os japoneses tiveram intensa participação na história de Suzano, seja na cultura, economia ou política. Pedro Miyahira, que foi prefeito de Suzano na década de 1970, viabilizou a vinda de indústrias japonesas para a cidade, segmento econômico em que Suzano se destaca atualmente. Das empresas radicadas na cidade pode-se contar aproximadamente 30 empreendimentos conduzidos por japoneses e descendentes. Entre eles, há indústrias que estão entre as líderes de seus segmentos. Há clubes na cidade que mantêm as tradições do Japão em Suzano, promovendo festas e eventos esportivos e culturais como a Festa da Cerejeira e a gincana Undokai.

Em Suzano, parte da população residente tem origem nordestina. Um exemplo desta influência é a Festa Nordestina em Suzano (www.festanordestinadesuzano.com.br), que em 2009 reuniu cerca de 55 mil pessoas para prestigiar as comidas típicas (tapioca, buchada de bode, baião de dois, bobó de camarão, feijão tropeiro, sarapatel e caldo de mocotó) e shows de música regional. O evento é organizado pela Paróquia Santa Rita de Cássia com apoio da prefeitura.[38]

Esportes[editar | editar código-fonte]

Atualmente, Suzano possui dois times de futebol, União Suzano Atlético Clube (USAC) e Esporte Clube União Suzano (ECUS). O primeiro disputa atualmente a Série A3 do Campeonato Paulista[39] e o segundo a Segunda Divisão do Campeonato Paulista[40], equivalente a quarta divisão.

Suzano ficou conhecida nos anos de 1990 como a "Capital do Volêi", por causa dos prêmios conquistados pelo time masculino de volêi Report/Suzano. Hoje, é representado nas quadras pelo Suzano Vôlei, que disputa a Superliga[41] e o Campeonato Paulista - em 2023, a equipe foi vice-campeã do torneio[42], após 15 anos sem participar de partidas decisivas.

Pela influência japonesa, a primeira academia de judô da América é situada na cidade. As equipes de kendô de Suzano vem ganhando adeptos e se destacando no cenário nacional [43].

No início dos anos de 1990 Suzano era casa do time de basquete Report/Suzano. Posteriormente foi para Mogi das Cruzes, onde foi renomeado Report/Eroles/Mogi e depois Valtra/Mogi.

O mesatenista Hugo Hoyama foi integrante do ECUS entre 1994 e 1996, depois entre 2002 e 2004[44].

No dia 26 de julho de 2016, a cidade participou do revezamento da tocha da Rio 2016. Foi o primeiro município daquele dia a receber a chama, que depois passou também por Mogi das Cruzes, Jacareí e São José dos Campos.[45][46]

Em 2019, a cidade recebeu três, dos cinco, jogos da final da Superliga Masculina de Vôlei, disputada entre Sesi e Taubaté, com a equipe do interior paulista conquistando o título inédito. Os jogos aconteceram na Arena Suzano e contaram com bom público. A decisão da Superliga não acontecia em Suzano desde a edição de 1999, quando Suzano e Ulbra disputaram o título.[47]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Arena Suzano.

A cidade de Suzano conta com alguns pontos turísticos. São eles:

  • Aldeia Kaiowa, que fica na divisa com o município de Ribeirão Pires.
  • Arena Suzano, ginásio poliesportivo com capacidade para 4,5 mil pessoas, situado dentro do Parque Municipal Max Feffer.
  • Biblioteca Municipal Maria Elisa de Azevedo Cintra: Localizado dentro do Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi, no Centro, tem uma grande variedade de livros de todos os tipos.
  • Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi: Fica na Rua Benjamin Constant, no Centro, e possui sala de exposições, biblioteca, salão e auditório.
Estádio Municipal Francisco Marques Figueira.
  • Estádio Municipal Francisco Marques Figueira ("Suzanão") : Casa dos principais times da cidade, USAC e ECUS, tem capacidade para cerca de 2000 pessoas e se situa no Jardim Colorado
  • Ginásio Paulo Portela: Localiza-se no Centro e dispõe de piscina e quadras para os atletas da cidade
  • Ginásio Roberto Bianchi: Situa-se no bairro do Sesc e é usado como "segunda casa" dos atletas.
  • Igreja do Baruel: Primeira igreja do município está localizada às margens da Rodovia Índio Tibiriçá, no bairro homônimo.
  • Igreja Matriz de São Sebastião: Foi a segunda a ser construída no município mas é considerada a Matriz por estar localizada no Centro próximo a Estação.
Parque Aquático Magic City.
  • Parque Aquático Magic City: O maior parque aquático da Grande São Paulo, que fica no Bairro Clube dos Oficiais, no Distrito de Palmeiras.
  • Parque Max Feffer: Possui campos de futebol, futsal, pista de skate, pista de corrida. Localizado na Avenida Senador Roberto Simonsen, Jardim Imperador.
  • Praça Cidade das Flores: Localizada ao lado da Prefeitura é uma ótima opção de lazer. Possui várias fontes artificiais de água e por isso é popularmente conhecida como "Praça das Águas".
  • Praça João Pessoa: Uma das mais antigas da cidade. Conhecida por abrigar a Igreja Matriz, fica no centro da cidade, próximo à estação de trem.
  • Praça do Sol Nascente: Fica no cruzamento de três importantes vias da cidade, Rodovia Índio Tibiriçá, Rua Baruel e Marginal do Una. Possui obra de arte da artista japonesa Tomie Ohtake.
  • Reserva do Miraporanga: Esta é uma reserva que esta aberta a grupos interessados na prática de ecoturismo, bem como a Universidades e escolas que procuram um espaço para ter aulas de campo, em cursos de Turismo, Engenharia Ambiental e Biologia.
  • Templo Budista Daigozan Jomyoji (Templo Jomyoji): Localizado na Estrada dos Fernandes, na entrada do bairro Casa Branca, o templo é uma das marcas da cultura japonesa na região.

Eventos e datas comemorativas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Distâncias entre a cidade de São Paulo e todas as cidades do interior paulista». Consultado em 26 de janeiro de 2011 
  2. «Área territorial do município de Suzano». Consultado em 5 de março de 2019 
  3. Predefinição:Citar https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/suzano/panorama da população 2022
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013 
  5. a b [1]
  6. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  7. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  8. Prefeitura de Suzano
  9. : : Prefeitura Municipal de Suzano : :
  10. História de Suzano
  11. Prefeitura de Suzano
  12. «Atiradores matam sete alunos e um funcionário em escola em Suzano, na Grande SP». Folha de S.Paulo. 13 de março de 2019. Consultado em 13 de março de 2019. Cópia arquivada em 13 de março de 2019 
  13. a b «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Mínima (°C) - Suzano». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015 
  14. a b «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Temperatura Máxima (°C) - Suzano». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015 
  15. «BDMEP - Série Histórica - Dados Diários - Precipitação (mm) - Suzano». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015 
  16. «BDMEP - Série Histórica - Dados Horários - Umidade Relativa (%) - Suzano». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 20 de julho de 2015 
  17. «Clima: Suzano». Climate-Data. Consultado em 20 de julho de 2015. Cópia arquivada em 20 de julho de 2015 
  18. a b «Suzano (SP) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 15 de janeiro de 2020 
  19. Portal Nikkey - Província de Ishikawa
  20. «: : Prefeitura Municipal de Suzano : :». Consultado em 23 de junho de 2008. Arquivado do original em 4 de outubro de 2011 
  21. «Prefeito de Suzano assina acordo de irmandade com cidade chinesa | Suzano». www.suzano.sp.gov.br. Consultado em 22 de março de 2023 
  22. Diário de Suzano - Suzano é a 20ª cidade do Estado com maior ICMS
  23. Diário de Suzano - Cândido vistoria Etec e confirma entrega para segunda-feira
  24. Diário de Suzano - Câmara aprova doação de terreno para Cefet
  25. Diário de Suzano - Cefet será licitado em dois meses
  26. «Técnicos». szn.ifsp.edu.br. Consultado em 22 de março de 2023 
  27. Diário de Suzano - IFSP quer expandir Campus de Suzano
  28. : : Prefeitura Municipal de Suzano : :
  29. Diário do Alto Tietê - Prefeitura cancela contrato e substitui Visul pela Radial
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