TV Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja TV Brasil (desambiguação).
TV Brasil
Empresa Brasil de Comunicação S.A. - EBC
TV Brasil
Tipo rede de televisão pública aberta
País Brasil
Fundação 02 de dezembro de 2007 (16 anos)
Pertence a Empresa Brasil de Comunicação (Governo do Brasil)
Presidente Jean Lima[1]
Cidade de origem Brasília, DF
Sede Brasília, DF
Estúdios Brasília, DF
Rio de Janeiro, RJ
São Paulo, SP
Slogan A tela da gente
Formato de vídeo 1080i (HDTV)
Audiência 0,32 ponto em 2022 (5.º lugar no Painel Nacional de Televisão)[2]
Canais irmãos
Cobertura partes da América do Sul
Emissoras próprias
Emissoras afiliadas lista de emissoras
Cobertura internacional ver TV Brasil Internacional
Página oficial tvbrasil.ebc.com.br
Disponibilidade aberta e gratuita

(¹) Transmite a RBI

Disponibilidade por satélite
Canal 9
Canal 23
Canais 20 e 21
Canal 203
Canais 199
Canal 18
3747 MHz @ 7500 ksps, Horizontal (HDTV)
Disponibilidade por cabo
Canal 531
Canal 503
BVCi
Canal 112
CaboNNet
TCM
Canais 22.1 e 226
Canal 111
TVN
Canal 7 (São Luís)
Canal 29 (Canoas)
Canal 304
MultiPlay Telecom
Canal 8
SGC A Cabo
Canal 6
Canais 21 e 26
Disponibilidade digital
Website oficial
Simulcast
TV Brasil Play
Google Play
App Store

TV Brasil é a rede de televisão pública brasileira pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conglomerado de mídia do governo do país. Tem cobertura nacional pela retransmissão de três emissoras próprias — sendo a matriz na capital federal Brasília e as filiais nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo —, e 63 afiliadas — parte delas compõe a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP).

Conjuntamente à criação da EBC em 2007 reunindo veículos de comunicação de propriedade do governo (como as emissoras de rádio Nacional e MEC), a TV Brasil foi formada a partir da fusão de dois canais educativos mantidos pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto — a TVE Brasil, do Rio de Janeiro, e a TVE Maranhão, de São Luís — com um canal pertencente à hoje extinta Radiobrás — a TV Nacional, de Brasília.[3] Em 2019, a programação da TV Brasil e da TV Nacional do Brasil (TV NBR) começou a ser fundida, extinguindo a última, renomeando-a para TV Brasil 2 e unificando em uma só emissora a comunicação pública existente na primeira e a existente na segunda.[4][5] Tal emissora seria extinta em 25 de julho de 2023, quando foi substituída pelo Canal Gov após a decisão do atual presidente da República, em dissolver a TV Brasil, voltando ao formato tradicional de emissora com conteúdo diversificado.[6]

A rede está presente em sinal aberto e via antenas parabólicas, além de ser um dos canais de transmissão obrigatória no país pelas operadoras de televisão por assinatura,[3] segundo a Lei do Serviço de Acesso Condicionado.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em maio de 2007, foi anunciado que o Governo do Brasil planejava criar uma rede de televisão pública com programação gerada a partir da capital federal Brasília e das cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de São Luís, que recebeu TV Brasil como nome. Para tal, seria realizada uma fusão incluindo a TV Nacional, pertencente à Radiobrás, a TVE Brasil e a TVE Maranhão, mantidas pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP), das quais equipes e espaços seriam utilizadas pela futura rede. O responsável por gerir o projeto foi Franklin Martins, então ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.[8]

Em 10 de outubro, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou medida provisória que criou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), integrando os veículos da Radiobrás e da ACERP, como as rádios Nacional e MEC e a TV Nacional do Brasil (NBR). A empresa teria um conselho curador composto por quinze membros da sociedade civil, quatro representantes do governo e um indicado dos funcionários, e seria financiada por recursos públicos, doações e patrocínios. Seu orçamento seria de 350 milhões de reais.[9] Em 24 de outubro, a medida provisória torna-se o Decreto n.º 6.246, instituindo definitivamente a criação da EBC, publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte.[10]

2007–2010: Anos iniciais, Gestão Governo Lula[editar | editar código-fonte]

A TV Brasil foi inaugurada ao meio-dia de 2 de dezembro em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em São Luís. A data foi escolhida por ser a de lançamento, na capital paulista, do sistema de transmissão digital de televisão no país. Durante o período pós-estreia, sua grade de programação, improvisada, era composta por atrações da Nacional, da TVE e reprises de programas da TV Cultura. Sua primeira e até aquele momento única produção própria foi o Repórter Brasil, telejornal apresentado em duas edições direto das três primeiras capitais.[11]

Microfone e canopla da emissora em 2008

Até o fim de 2008, apenas Rio de Janeiro, Brasília e São Luís podiam sintonizar a TV Brasil em canal aberto analógico. O sinal aberto chegou a ser disponibilizado em São Paulo, mas sofreu interferências provocadas por uma companhia telefônica, obrigando a mudança para o canal 62.

Em 2008, a emissora passou a cobrir eventos como o carnaval em Recife e em Salvador e festas juninas na Bahia, em Pernambuco e em Sergipe, com o auxílio de suas afiliadas. A emissora transmitiu as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Paralímpicos de 2008.

A emissora também fez coberturas integradas com outros veículos da EBC como nos Jogos Olímpicos[12] e nas Eleições 2008.[13]

Ainda no primeiro semestre de 2008, o então editor-chefe do telejornal "Repórter Brasil", Luís Lobo, foi demitido. Na época, Lobo acusou o governo federal de interferir na divulgação de assuntos contrários ao governo. O conselho curador da TV Brasil refutou as acusações de Lobo.[14]

Em 3 de dezembro de 2008, comemorando um ano da TV Brasil, a emissora inaugurou seu canal digital em São Paulo.[15] Nessa data estreou também uma nova logomarca que ficaria até julho do ano seguinte.

Em 16 de outubro, a então presidente da EBC, Tereza Cruvinel, anunciou a criação do canal internacional, voltado para emigrantes e a África foi o primeiro continente a receber as transmissões, em 2010.[16]

O ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da EBC Tereza Cruvinel no lançamento da TV Brasil Internacional em 2010

Em 3 de maio, a emissora começa a operar oficialmente a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), formada pelos quatro canais da EBC, sete emissoras universitárias e 15 estações estaduais.[17]

Em 13 de maio, foi anunciado o início das operações da TV Brasil Internacional a partir de 24 de maio, pela África, como previsto. Com um evento realizado no Itamaraty, foi realizada uma conversa ao vivo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em Maputo. O canal só não estará disponível em cinco países do continente: Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. O início pela África foi justificado por ser o primeiro contrato fechado de retransmissão local por cabo, com a distribuidora Multichoice. Diferentemente de outras estações internacionais, que transmitem nos seus idiomas, mas com legendas em línguas dos países receptores, neste momento inicial, não haverá legendas.[18][19]

2011–2016: Gestão Governo Dilma[editar | editar código-fonte]

Em 3 de fevereiro, o repórter Corban Costa e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, que estavam cobrindo a onda de protestos contra o presidente do Egito, Hosni Mubarak, foram presos, interrogados e passaram uma noite dentro de uma sala sem comida, água ou janelas. Seus equipamentos foram apreendidos e os dois foram obrigados a assinar um documento para que os dois retornassem ao Brasil.[20]

Desde julho, a rede transmite com exclusividade em TV Aberta os Jogos Mundiais Militares de 2011, que é um preparativo para as Olimpíadas 2016, e a Série C 2011, em conjunto com a maioria das afiliadas públicas.

No dia 1º de novembro, encerrou-se o mandato da diretora-presidente da EBC, Tereza Cruvinel, iniciado em 2007. Para o seu lugar, foi nomeado o jornalista Nelson Breve.[21]

Entrada da sede da EBC no Rio de Janeiro em 2012

Até maio de 2012, a TV Brasil Internacional alcançava 68 países, incluindo Portugal, Estados Unidos, Japão, países da América Latina e da África. A meta é chegar a várias cidades da Europa com grande concentração de brasileiros como Londres, Madrid, Barcelona, Paris, Viena e Bruxelas ainda em 2012.

Logotipo utilizado entre 2012 e 2019

Em 3 de novembro de 2013, a emissora conseguiu, pela primeira vez em sua história, a liderança de audiência em uma capital brasileira. O feito ocorreu no Recife, durante transmissão da partida da Série C, a partida rendeu 20 pontos de audiência para a TV Universitária contra 8 pontos da Rede Globo (TV Globo Nordeste), a partida assegurou a volta do Santa Cruz à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.[22]

Com a adoção do lema "O ano do esporte na TV Brasil", passa a transmitir os campeonatos disputados pela Seleção Brasileira de Futebol como o Copa do Mundo FIFA de Futebol de Areia de 2015 disputado em Portugal, a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015, disputado no Canadá e o Campeonato Mundial de Futebol Sub-20 de 2015 disputado na Nova Zelândia.

No dia 12 de agosto, Nelson Breve Dias teve o mandato encerrado e assume como novo presidente Américo Martins que desde a nomeação de Breve como Secretário de Imprensa da Presidência da República, assumia interinamente a presidência.[23]

No dia 11 de agosto, anunciou a transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino.[24] Em 17 de agosto, perde a Rede Cultura do Pará, que volta a retransmitir a TV Cultura de São Paulo, mesmo assim, a emissora ainda exibe alguns dos seus programas, apenas de segunda a sexta, entre o horário das 16:00 às 18:30.[25] Em 27 de setembro passou a exibir o Campeonato Brasileiro da Série D com o jogo entre Botafogo-SP e CRAC[26] Em 30 de setembro, a emissora anuncia que passará a transmitir o Campeonato Brasileiro da Série B a partir de 2016, tornando-se o único canal a transmitir divisões inferiores do Campeonato Brasileiro.[27]

Em 1º de outubro, a emissora anuncia mudanças na programação, entre elas: a volta da telenovela Windeck, e também passará por mudanças no visual com cores mais vivas, tornando-o mais jovem, alegre e atual. O objetivo é aproximá-la mais do seu público. Esse mesmo conceito será aplicado ao site da emissora, tornando-o mais atraente.[28] Em 24 de outubro, a emissora passa a exibir as últimas partidas do Campeonato Brasileiro da Série B com o jogo Botafogo e Clube Náutico Capibaribe[29]

Em janeiro, anuncia a transmissão do Desfile das campeãs em parceria com a Globo,[30] que cede também o grupo de acesso e as campeãs paulistas, além de exibir o Carnaval da Bahia.[31]

No dia 2 de janeiro, a emissora anunciou a transmissão da Copa São Paulo de Futebol Júnior.[32] Em 19, 21 e 23 de janeiro, a emissora passou a exibir a Copa Brasil de Voleibol Masculino, com semifinais e final.[33] No final de janeiro, a emissora passou a transmitir os Campeonato Paulista de Futebol de 2016 - Série A2 e Campeonato Paulista de Futebol de 2016 - Série A3[34]

Em 2 de fevereiro, foi anunciada a saída de Américo Martins da presidência da EBC.O ex-presidente disse que saiu por motivos pessoais.[35] Em 28 de março a presidente Dilma Rousseff nomeia Pedro Varoni como novo diretor-presidente da EBC.[36] No dia 15 de fevereiro, a emissora perde seu sinal em Mato Grosso do Sul, após a TVE MS se afiliar a TV Cultura. Em 3 de maio, Dilma Rousseff nomeia Ricardo Melo.[37]

2016–2018: Gestão Governo Temer[editar | editar código-fonte]

Melo foi presidente da EBC por duas semanas, até ser exonerado pelo novo presidente da república, Michel Temer.[38] Em seu lugar, assumiu Laerte Rímoli, que fez reformulações, demitindo medalhões como Tereza Cruvinel, Emir Sader, Paulo Moreira Leite, Albino Castro e Mariana Kotscho.[39] Em 2 de setembro, devido a mudanças no estatuto da EBC proposta numa medida provisória pelo presidente da Câmara e presidente em exercício da república, Rodrigo Maia exonerou Ricardo Melo.[40] Horas depois a decisão foi revogada.[41] Uma liminar no STF reconduziu em 8 de setembro por liminar do STF Laerte Rimoli a EBC.[42]

Entre os dias 7 e 18 de setembro, transmitiu os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, em conjunto com o SporTV e TV Cultura.[43][44] Com o slogan "O canal das Paraolimpíadas", exibiu, no período, cerca de 10 horas diárias de programação dedicada, exclusivamente, ao evento. Além das competições ao vivo, exibiu reportagens jornalísticas e transmitiu as cerimônias de abertura e de encerramento.[45]

Neste ano, a TV Brasil exibe, com exclusividade, o Campeonato Brasileiro de Futebol da Série C e o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino.[24]

2019–2022: Gestão Governo Bolsonaro[editar | editar código-fonte]

Em 10 de abril de 2019, a TV Brasil anunciou uma nova programação e uma nova logo, substituindo a TV NBR, devido a cortes de gastos do Governo Federal.[46] Em 19 de agosto de 2019, a TV Brasil anunciou a transmissão dos jogos da Copa Verde de Futebol, em parceria com a Rede Cultura do Pará.[47] Até setembro de 2019, a TV Brasil perdeu 25% da audiência.[48]

Em 21 de novembro de 2019, a EBC anunciou sua nova identidade visual em evento em sua sede, e, simultaneamente em São Paulo. O evento contou com a presença do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luis Eduardo Ramos. O Ministro parabenizou o Presidente da EBC pela gestão e nova identidade implantada. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, também participou do lançamento. Segundo o presidente, as mudanças por que passa a empresa "estão inseridas nos objetivos de alcançar a modernidade, a eficiência, a sustentabilidade econômico-financeira e a ampliação e melhoria dos serviços públicos de radiodifusão prestados à população brasileira."[49]

Em 10 de dezembro, a EBC encerrou suas operações no estado do Maranhão, e passou o controle da TV Brasil Maranhão para o Instituto Federal do Maranhão por um prazo de 30 anos, da mesma forma que outros veículos de comunicação gerenciados no modelo da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP). A TV Brasil Maranhão, portanto, deixou de ser uma emissora própria da TV Brasil, que passou a ter operações apenas em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.[50]

Em abril de 2020, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) criticou a TV Brasil por ter dado espaço ao "proselitismo" religioso do presidente Jair Bolsonaro:

Neste Domingo de Páscoa a TV Brasil, transmitindo em rede nacional, dedicou duas horas de sua programação para fazer proselitismo do presidente Jair Bolsonaro e das políticas irresponsáveis que ele prega diante da pandemia do coronavírus. O espaço teve participação destacada de pastores representantes de igrejas fundamentalistas alinhadas com seu governo. Com a autoridade de seus 112 anos de existência em defesa das causas democráticas no país, a ABI lembra ao presidente da República que o Executivo dispõe da NBR para divulgar suas iniciativas e que a TV Brasil, por definição, é uma emissora pública, e não uma porta-voz de suas posições.
— Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da ABI

 [51]

Em maio de 2020, a emissora passa a transmitir a Liga Nacional de Futsal.[52]

Em 22 de junho de 2020, o canal virtual da TV Brasil mudou de 62.x para 1.x em São Paulo.Em 10 de julho de 2020, o Aos Fatos publicou uma investigação mostrando que a TV Brasil, e outros veículos de comunicação do governo do Brasil, que pertencem a EBC, está promovendo medicamentos sem eficácia comprovada para tratar COVID-19. As drogas promovidas são defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro.[53] A TV Brasil também transmitiu programas do canal Brasil Paralelo, um canal do YouTube que é próximo do governo.[54]

Em agosto de 2020, foi nomeado José Emílio Ambrósio, com passagens pela RedeTV!, Rede Bandeirantes e Rede Globo.[55][56]

Em 13 de outubro de 2020, a TV Brasil transmitiu o jogo do Brasil X Peru. Nas redes sociais, a partida foi alvo de críticas, após o narrador André Marques dizer: "E um abraço especial ao presidente Jair Bolsonaro, que está assistindo ao jogo. Um abraço, presidente!". Rodrigo Mattos, colunista do UOL Esporte no YouTube, chamou o jogo de "instrumento de propaganda do governo Bolsonaro" e que no intervalo do jogo foram apresentados "noticiários/divulgação de feitos do governo" com membros políticos. Ainda segundo Mattos, as falas do narrador André Marques, agradecendo a políticos, pareciam que estavam sendo lidas.[57] Em rede social, Ricardo Noblat chamou o canal de "chapa branca". Renato Souza, do Correio Braziliense disse que a "TV pública brasileira está parecendo o canal estatal da Coreia do Norte." O Antagonista reportou que o clima do jogo parecia o mesmo do Pra Frente, Brasil, uma das propagandas da ditadura militar brasileira: "O clima de 'Pra frente, Brasil' refletiu-se até no resultado, que foi igual ao da partida do Brasil contra o Peru na Copa de 1970: 4 a 2. (...) Só faltou o Pelé. E o pau-de-arara. Mas a gente ainda chega lá."[58][59] O jornalista esportivo Tiago Maranhão questionou quem pagou o jogo, se a negociação foi feita com a CBF e se o Brasil virou Venezuela.[60] Mais tarde, foi divulgado que a CBF tinha comprado o jogo e cedeu gratuitamente a transmissão à TV Brasil.[57] A oposição política pediu que o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue a EBC por promover o presidente Jair Bolsonaro no jogo do Brasil.[61]

Em 4 de dezembro de 2020, O Estado de S.Paulo revelou detalhes das investigações feitas pela Polícia Federal sobre influenciadores que teriam ganhado dinheiro com ajuda do Palácio do Planalto. Em trecho da reportagem, um depoente declarou que o canal Bolsonarista "Foco do Brasil" recebeu ajuda de funcionários da EBC e da TV Brasil para ter acesso via satélite a imagens oficiais do governo como se fosse um canal de televisão. Procurada pelo jornal, a TV Brasil disse que cede o acesso das imagens do satélite a veículos de imprensa, mas se recusou a informar quais canais do YouTube utilizam ele.[62]

Em dezembro de 2021 a TV Brasil obteve 0,35 ponto em audiência, sendo considerado o melhor posicionamento de sua história e ocupando a quinta colocação dentre 95 emissoras no Painel Nacional de Televisão em medição de quinze mercados pelo Kantar IBOPE Media, ultrapassando a RedeTV!.[63] e no ano de 2023, a emissora através do Carnavais do Brasil exibe os carnavais de Salvador e Vitória, além de mostrar os desfiles da LigaSP (com exceção do Grupo Especial) e o desfile da Série Prata[64].

De 2021 a 2022 a TV Brasil exibiu a telenovela bíblica Os Dez Mandamentos produzida pela RecordTV em 2015.[65]

2023–presente: Gestão Governo Lula[editar | editar código-fonte]

Em 15 de junho de 2023, foi anunciado que a TV Brasil sofreria uma nova reformulação na sua programação, voltando ao foco inicial desde a sua fundação com conteúdos educativos e variados, enquanto que a TV Brasil 2 seria substituída pelo Canal Gov, retornando ao foco inicial com a cobertura de ações do Governo Federal, modelo este que era usado pela extinta TV NBR. As mudanças valeriam a partir do dia 24 de julho.[6]

Em 1 de agosto de 2023, a EBC apresenta sua nova identidade visual substituindo a anterior, cujo projeto foi desenvolvido pelos profissionais da casa buscando traduzir a diversidade brasileira e os conteúdos produzidos pelas emissoras e a nova identidade conecta os veículos, respeitando a vocação de cada um. A mudança atingiu a TV Brasil.[66]

Programas[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Ano Premiação Categoria Obra Veículo de mídia Autor Resultado
2014 Prêmio Vladimir Herzog Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Documentário de TV "A Pele Negra" TV Brasil e EBC Bianca Vasconcellos e equipe Venceu[67]
2015 Prêmio Vladimir Herzog Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Reportagem de TV "A questão racial – da ditadura à democracia" TV Brasil (DF) Débora Brito Venceu[68]
2016 Prêmio Vladimir Herzog Prêmio Vladimir Herzog de Documentário "Mulheres do Zika" TV Brasil – Brasília/DF Luana Ibelli (Luana Fernanda Ibelli) e Débora Brito (Débora Teles de Brito) Venceu[69]
2016 Prêmio Vladimir Herzog Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Documentário "Racismo na Escola" TV Brasil – São Paulo/SP Venceu[69]
2018 Prêmio Vladimir Herzog Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Vídeo "Defensores sob Ameaça" TV Brasil

Guará/DF

Mariana Fabre e Equipe: Marcelo Castilho, Pollyane Marques, Samantha Oliveira, Tatiane Costa, Sigmar Gonçalves, André Rodrigo Pacheco, Francislene de Pa Venceu[70]
2019 Prêmio Vladimir Herzog Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Vídeo "O Paciente Invisível" TV Brasil – São Paulo/SP Aline Beckstein, Bianca Vasconcellos, Thaís Rosa, Paula Abritta, Eduardo Viné Boldt, William Sales, Jefferson Pastori, João Marcos Barboza, Maikon Matuyama, Rodger Kenzo, Adriana Vanin, Lucas Souza Pinto, Caio Araújo, Ivan Meira, João Batista Lima, Wladimir Ortega Venceu[71]
2019 Prêmio Abear de Jornalismo Competitividade "Mudanças na Aviação" TV Brasil

(Repórter Brasil)

Venceu[72]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. o tempo, o tempo brasilia (23 deoutubro de 2023). «Média Geral: Paulo Pimenta anuncia Jean Lima como presidente interino da EBC». otempo  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. Siqueira, Mateus (3 de janeiro de 2023). «Média Geral: Saiba a audiência das emissoras em 2022». ADTV 
  3. a b «TV Brasil». EBC 
  4. Haje, Lara (5 de maio de 2022). Seabra, Roberto, ed. «Comissão aprova suspensão de portaria da EBC que unificou programação da TV Brasil e da NBR - Notícias». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  5. Marés, Chico; Moraes, Maurício; Afonso, Nathália (17 de abril de 2019). «Publicação lista 31 ações de Bolsonaro em três meses, mas só sete são verdadeiras». Agência Lupa. Rio de Janeiro. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  6. a b «Menos Lula na TV Brasil». revista piauí. Consultado em 28 de junho de 2023 
  7. Ricardo Feltrin (11 de março de 2021). «Exclusivo: Dos R$ 550 mi que a EBC custa, R$ 378 mi são só em salários». Splash 
  8. Daniel Castro (28 de maio de 2007). «(sem título0». Folha de S. Paulo. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de março de 2021 
  9. «TV Pública nasce com orçamento de r$350 milhões». O Globo. TV-Pesquisa. 11 de outubro de 2007. Consultado em 12 de março de 2021 
  10. «Decreto nº 6.246, de 24.10.2007». Palácio do Planalto 
  11. Bernardo Mello Franco (2 de dezembro de 2007). «TV Brasil estréia hoje com grade improvisada». O Globo. TV-Pesquisa. Consultado em 12 de março de 2021 
  12. «Cobertura EBC dos Jogos Olímpicos». Hotsite China 2008 da EBC. Consultado em 5 de junho de 2010 
  13. «Cobertura EBC das Eleições 2008». Hotsite Eleições 2008 da EBC [ligação inativa] 
  14. Demétrio Weber (3 de dezembro de 2008). «TV Brasil: 1 ano com dificuldade de chegar ao grande público». O Globo Online. Consultado em 5 de junho de 2010 
  15. «TV Brasil inaugura canal digital em São Paulo». Agência Brasil [ligação inativa] 
  16. «TV Brasil terá canal internacional voltado para emigrantes». Estadão Online. 16 de outubro de 2009. Consultado em 5 de junho de 2010 
  17. «TV Brasil começa a operar rede nacional na segunda». Estadão Online. 30 de abril de 2010. Consultado em 5 de junho de 2010 
  18. Wilson Tosta (13 de maio de 2010). «TV Brasil começa a transmitir na África». Estadão Online. Consultado em 5 de junho de 2010 
  19. «"TV Brasil Internacional" inicia transmissões na África». G1. 24 de maio de 2010. Consultado em 5 de junho de 2010 
  20. Repórteres da EBC são presos e vendados no Egito e obrigados pelas autoridades a retornar ao Brasil
  21. «Jornalista Nelson Breve toma posse como novo diretor-presidente da EBC». Agência Brasil. 9 de dezembro de 2012 
  22. Barrocal, André (13 de novembro de 2013). "A batalha da TV". CartaCapital. p. 29.
  23. «Jornalista Américo Martins é o novo presidente da Empesa Brasil de Comunicação (EBC)». Agência Brasil. 13 de agosto de 2015 
  24. a b «FOX Sports e TV Brasil mostram o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino; veja jogos». Esporte e Midia. 11 de agosto de 2015. Consultado em 24 de agosto de 2015 [ligação inativa] 
  25. «TV Cultura do Pará firma parceria inédita com a TV Cultura de São Paulo». Agencia Pará. 13 de agosto de 2015. Consultado em 24 de agosto de 2015 [ligação inativa] 
  26. «TV Brasil começa as transmissões da Série D com Botafogo-SP x Crac». Agencia Brasil. 25 de setembro de 2015. Consultado em 27 de setembro de 2015 [ligação inativa] 
  27. «TV Brasil adquire os direitos da Série B do Campeonato Brasileiro». Na Telinha. 1 de outubro de 2015. Consultado em 1 de outubro de 2015 [ligação inativa] 
  28. «TV Brasil promove mudanças na grade». Agencia Brasil. 1 de outubro de 2015. Consultado em 1 de outubro de 2015 [ligação inativa] 
  29. «Náutico x Botafogo inaugura a cobertura da TV Brasil na reta final da Série B». Agencia Brasil. 22 de outubro de 2015. Consultado em 24 de outubro de 2015 [ligação inativa] 
  30. Na Telinha. «TV Brasil vai exibir desfiles das escolas de samba do Rio». Consultado em 25 de janeiro de 2016 [ligação inativa] 
  31. TV Brasil (2 de fevereiro de 2016). «TV Brasil faz ampla cobertura do Carnaval 2016». 10:39. Consultado em 3 de fevereiro de 2016 
  32. «TV Brasil anuncia que também transmitirá Copa São Paulo de Futebol Júnior». NaTelinha. 2 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de janeiro de 2016 [ligação inativa] 
  33. «Copa Brasil de Volei TV Brasil». TV Brasil. 21 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de janeiro de 2016 [ligação inativa] 
  34. Redação (8 de fevereiro de 2016). «Transmissão de jogos do Paulistão A2 e A3 gera crise política na TV Brasil». Esporte e Midia. Consultado em 8 de fevereiro de 2016 
  35. Flavio Ricco (3 de fevereiro de 2016). «Jornalista Américo Martins deixa a presidência da EBC». UOL. Consultado em 3 de fevereiro de 2016 
  36. Redação (28 de março de 2016). «Pedro Varoni é o novo diretor geral da EBC». UOL. Consultado em 30 de março de 2016 
  37. Redação (10 de maio de 2016). «Ricardo Melo toma posse como diretor-presidente da EBC». EBC. Consultado em 26 de maio de 2016 
  38. Redação (28 de março de 2016). «Temer exonera presidente da EBC que tinha mandato até maio de 2020». G1. Consultado em 26 de maio de 2016 
  39. Redação (25 de maio de 2016). «Nomeado por Temer, novo comando da EBC demite medalhões e prepara cortes». UOL. Consultado em 26 de maio de 2016 
  40. Redação (2 de setembro de 2016). «Governo exonera presidente da EBC e muda regras do estatuto da emissora». G1. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  41. Redação (2 de setembro de 2016). «Governo recua e anula exoneração do presidente da EBC». G1. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  42. Redação (8 de setembro de 2016). «Toffoli cassa liminar e Ricardo Melo deixa presidência da EBC; Rimoli reassume». Agencia Brasil. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  43. Redação (16 de agosto de 2016). «TV Brasil transmitirá Jogos Paraolímpicos em parceria com emissoras estaduais». UOL. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  44. Otto Rezende (16 de agosto de 2016). «TV Brasil apresenta cobertura especial dos Jogos Paralímpicos 2016». Midiaesporte.com. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  45. «Ano 21, n. 36 (2016)». Sessões do Imaginário. 21 (36). 31 de dezembro de 2016. ISSN 1980-3710. doi:10.15448/1980-3710.2016.2 
  46. «EBC unifica programações das TVs Brasil e NBR». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  47. «TV Brasil transmite jogos da Copa Verde nesta terça». EBC. Esportes. 19 de agosto de 2019. Consultado em 25 de agosto de 2019 
  48. Ricardo Feltrin. «Ibope da TV Brasil regride um ano com governo Bolsonaro». TV E Famosos. Uol. Consultado em 26 de outubro de 2019 
  49. «Ministro Luiz Eduardo Ramos lança nova identidade visual da EBC». Secretaria de Governo. 22 de novembro de 2019. Consultado em 3 de outubro de 2021 
  50. «IFMA recebe cessão de uso das instalações da EBC no Maranhão». IFMA. 10 de dezembro de 2019. Consultado em 6 de março de 2020 
  51. Flávia Said (13 de abril de 2020). «ABI critica "proselitismo" religioso de Bolsonaro na TV Brasil». Congresso em Foco. UOL. Consultado em 24 de abril de 2020. Cópia arquivada em 24 de abril de 2020 
  52. «Liga Nacional de Futsal terá transmissões na TV aberta em 2020». ligafutsal.com.br. Consultado em 14 de setembro de 2020 
  53. Bruno Fávero (10 de julho de 2020). «TV pública federal promove drogas sem comprovação contra Covid-19 defendidas por Bolsonaro». Aos Fatos. Consultado em 10 de julho de 2020. Cópia arquivada em 10 de julho de 2020 
  54. João Filho (1 de março de 2020). «Todos nessa foto prometeram jamais receber dinheiro do governo. A maioria recebeu.». The Intercept Brasil. First Look Media. Consultado em 2 de agosto de 2020 
  55. «Frustrada contratação do Datena expõe as pedras de tropeço do SBT». R7.com. 14 de agosto de 2020. Consultado em 14 de agosto de 2020 
  56. «Governo escolhe ex-diretor da Band para substituir general no comando da EBC - Política». Estadão. Consultado em 14 de agosto de 2020 
  57. a b Rodrigo Mattos (14 de outubro de 2020). Opinião: jogo da seleção brasileira vira instrumento de propaganda do governo Bolsonaro (vídeo). Brasil: UOL (YouTube). Consultado em 14 de outubro de 2020 
  58. «"Pra frente, Brasil"». O Antagonista. 14 de outubro de 2020. Consultado em 14 de outubro de 2020 
  59. Paulo Pacheco (13 de outubro de 2020). «"André Marques", saudade da Globo e abraço para Bolsonaro: como foi a seleção na TV Brasil». Notícias da Tv. Uol. Consultado em 13 de outubro de 2020 
  60. «Transmissão do jogo da Seleção na TV Brasil 'bomba' nas redes sociais». Correio Braziliense. 13 de outubro de 2020. Consultado em 14 de outubro de 2020 
  61. Guilherme Amado (14 de outubro de 2020). «OPOSIÇÃO PEDE QUE MPF E TCU INVESTIGUEM USO DA EBC PARA PROMOVER BOLSONARO EM JOGO DO BRASIL». Época. Rede Globo. Consultado em 14 de outubro de 2020 
  62. Patrik Camporez, Breno Pires e Rafael Moraes Moura (4 de dezembro de 2020). «PF investiga se canais que faturam mais são de 'laranjas' do Planalto; Carlos Bolsonaro nega». O Estado de S. Paulo. Grupo Estado. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  63. «RedeTV leva rasteira e perde o 5º lugar no ibope para a TV Brasil». Ocanal. 7 de janeiro de 2022. Consultado em 12 de janeiro de 2022 
  64. TV Brasil (16 de fevereiro de 2023). «TV Brasil apresenta programação especial ao vivo durante carnaval». Consultado em 23 de fevereiro de 2023 
  65. TV Brasil. «Os Dez Mandamentos». Consultado em 25 de março de 2023 
  66. «EBC apresenta nova marca e identidade visual de seus veículos». Agência Brasil. Consultado em 2 de agosto de 2023 
  67. IVH Julio (29 de outubro de 2014). «36º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos». Vladimir Herzog. Consultado em 1 de abril de 2020. Cópia arquivada em 1 de abril de 2020 
  68. «Vencedores do 37º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos». Vladimir Herzog. Consultado em 30 de março de 2020. Cópia arquivada em 30 de março de 2020 
  69. a b VH Julio (7 de outubro de 2016). «Vencedores do 38º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos». Vladimir Herzog. Consultado em 28 de março de 2020. Cópia arquivada em 29 de março de 2020 
  70. «Vencedores do 40º Prêmio Vladimir Herzog». Prêmio Vladimir Herzog. Consultado em 29 de março de 2020. Cópia arquivada em 28 de março de 2020 
  71. Carolina Vilaverde (11 de outubro de 2019). «Comissão Organizadora do Prêmio Vladimir Herzog divulga vencedores da 41ª edição». Vladimir Herzog. Consultado em 28 de março de 2020. Cópia arquivada em 28 de março de 2020 
  72. «Série de reportagens da TV Brasil vence 7º Prêmio Abear de Jornalismo». IstoÉ. 18 de outubro de 2019. Consultado em 20 de outubro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]