Tarento – Wikipédia, a enciclopédia livre

Itália Taranto 
  Comuna  
Castelo Aragonês (Taranto)
Castelo Aragonês (Taranto)
Castelo Aragonês (Taranto)
Símbolos
Bandeira de Taranto
Bandeira
Brasão de armas de Taranto
Brasão de armas
Localização
Ficheiro:PUG-Mappa.png
Taranto está localizado em: Itália
Taranto
Localização de Taranto na Itália
Coordenadas 40° 28' N 17° 14' E
País Itália
Região Apúlia
Província Tarento
Características geográficas
Área total 209,64 km²
População total 194 795 (31−08−2 008) hab.
Densidade 898 hab./km²
Altitude 898 m
Outros dados
Comunas limítrofes Carosino, Faggiano, Fragagnano, Grottaglie, Leporano, Lizzano, Massafra, Monteiasi, Montemesola, Monteparano, Pulsano, Roccaforzata, San Giorgio Ionico, San Marzano di San Giuseppe, Statte, Villa Castelli (BR)
Código ISTAT 073027
Código cadastral L049
Código postal 74100
Prefixo telefônico 099
Padroeiro São Cataldo
Sítio http://www.comune.taranto.it/

Tarento[1][2] (em italiano: Taranto) é uma comuna italiana, capital da província homônima, na região da Apúlia.[3][4][5]

Com 194.795 habitantes (agosto de 2008), estende-se por uma área de 209.64 km², tendo uma densidade populacional de 898 hab/km². Faz fronteira com Carosino, Faggiano, Fragagnano, Grottaglie, Leporano, Lizzano, Massafra, Monteiasi, Montemesola, Monteparano, Pulsano, Roccaforzata, San Giorgio Ionico, San Marzano di San Giuseppe, Sava, Statte, Villa Castelli (BR).

Mitologia[editar | editar código-fonte]

Segundo Pausânias, a cidade foi fundada por Taras, filho de Possêidon e uma ninfa local,[6] mas foi conquistada pelos lacedemônios, liderados por Falanto.[6]

Segundo outra versão, citada por Diodoro Sículo e Estrabão, a cidade foi fundada pelos partênias (partheniae) de Esparta. Durante a Primeira Guerra Messênia, que durou vinte anos, os lacedemônios juraram não retornar a Esparta até que tivessem capturado a Messênia.[7][8] Eles deixaram em Esparta apenas os jovens e os velhos, mas, no décimo ano da guerra, as mulheres lacedemônias reclamaram que eles estavam fazendo guerra contra os Messênios em termos desiguais, pois estes, em casa, estavam tendo filhos, enquanto que os espartanos, deixando suas esposas como viúvas, iriam deixar a pátria com falta de homens.[8] Os lacedemônios, para manter o seu juramento e satisfazer as mulheres, enviaram de volta os mais jovens e vigorosos, pois estes não tinham feito o juramento, com ordens de que todos os homens coabitassem com todas as mulheres, acreditando que com isso nasceriam mais filhos.[8] Os que nasceram neste período foram chamados de partênias,[7][8] e os que não participaram da expedição foram tratados com escravos e chamados de hilotas.[9] No décimo-nono ano da guerra, a Messênia foi capturada, e os messênios fugiram para o Monte Itome.[8] Quando os lacedemônios voltaram, eles não honraram os partênias com direitos de cidadãos,[8][9] pois eles haviam nascido fora do casamento;[8] estes então se aliaram aos hilotas,[8] e combinaram atacar no festival de Jacinto,[9] mas alguns destes traíram seus planos.[8][9] Falanto, o líder dos rebeldes, consultou um deus, que o mandou para Taras conquistar aquela terra.[9] Segundo outra versão, os lacedemônios os convenceram a fundar uma colônia,[8] e eles fundaram Taras[8] ou Tarento.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Tarento foi uma das principais cidades da Magna Grécia, chamada pelos gregos de Taras. Teve seu apogeu no século IV a.C., sob o comando de Arquitas. Foi conquistada pelos cônsules romanos Lúcio Papírio Cursor e Espúrio Carvílio Máximo em 272 a.C. e a cidade foi por eles chamada de Tarento (em latim: Tarentum). A partir de então, entrou em decadência.

Tarento também envolveu-se na Guerra Pírrica, uma série de batalhas que teve como desfecho a vitória de Roma sobre a cidade. Inicialmente, Túrio (uma cidade) havia entrado em guerra com uma outra cidade, tendo que recorrer à ajuda romana, que aceitou a solicitação. Roma auxiliou militarmente Túrio a obter a vitória. A república, portanto, endereçou diversas frotas a região com o objetivo de protegê-la de possíveis conflitos bélicos. Os tarentinos ficaram enfurecidos com a ação e derrubaram a frota. Iniciava-se a guerra. Tarento pediu ajuda a Pirro, rei do Epiro. A guerra terminou na vitória de Roma.[10]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Variação demográfica do município entre 1861 e 2011[5]
Fonte: Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT) - Elaboração gráfica da Wikipedia

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Verbete no DOELP
  2. «aristoxeniano». Consultado em 28 de agosto de 2016 
  3. «Statistiche demografiche ISTAT» (em italiano). Dato istat 
  4. «Popolazione residente al 31 dicembre 2010» (em italiano). Dato istat 
  5. a b «Istituto Nazionale di Statistica» 🔗 (em italiano). Statistiche I.Stat 
  6. a b Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 10.10.8
  7. a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XV, 66.3
  8. a b c d e f g h i j k Éforo de Cime, citado por Estrabão, Geografia, Livro VI, Capítulo 3, 3
  9. a b c d e Antíoco de Siracusa, citado por Estrabão, Geografia, Livro VI, Capítulo 3, 2
  10. GRIMAL, PIERRE; MENDES, RITA CANAS. HISTORIA DE ROMA. [S.l.]: TEXTO & GRAFIA. ISBN 9789899568952 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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