Teatro Municipal de Bragança – Wikipédia, a enciclopédia livre

Teatro Municipal de Bragança

O Teatro Municipal de Bragança é o principal teatro da cidade portuguesa de Bragança, no nordeste do país. O edifício foi inaugurado em 2004 pelo então Primeiro-ministro português Dr. Durão Barroso. A estrutura foi projectada pelo arquitecto português Filipe Oliveira Dias no ano de 2004. Faz parte da rede nacional de teatros portuguesa.

Características arquitectónicas[editar | editar código-fonte]

O edifício do teatro foi pensado de forma a rematar a frente de uma praça repleta de edifícios da década de 1950 (Estado Novo). O teatro possui características a salientar, tais como:

  1. Forma de monólito. A forma permitiu o desaparecimento do corpo sobrelevado, contendo a torre de palco, eliminando a leitura da sua presença.
  2. Praça na cobertura. O edifício, ligando a cota alta à cota baixa, cria na cobertura uma nova praça visitável, com vista sobre as Praças Professor Cavaleiro de Ferreira e Sá Carneiro.
  3. Identidade. O enorme janelão na portaria tem a leitura de uma boca de cena e confere identidade ao edifício público, sendo bem visível o foyer do teatro.
  4. Visão perspectiva. A fachada principal do edifício, por onde se processa o acesso do público, virada para a Praça Professor Cavaleiro de Ferreira, procurou ganhar a visão mais “perspectiva”, mostrando dois planos, dos melhores pontos de observação. O eixo do teatro faz 30º com o eixo da Praça, fica normal à Rua da Escola e fica orientado para o castelo.
  5. Convite social. A escadaria que leva a meio do foyer, entrando por baixo, tem uma presença muito forte e constitui, por si só, um convite para ir ao teatro. Em vez da habitual entrada fugaz, promovendo-se contactos sociais antes do espectáculo e criando o desejo de se chegar mais cedo. Todavia, o mesmo aspecto apresenta deficiências flagrantes na acessibilidade, dificultando a entrada de pessoas idosas ou com mobilidade reduzida.
  6. Acústica. A optimização das condições acústicas, nomeadamente o controlo da reverberação e da inteligibilidade, é conseguida através da geometria e volume variável da sala, por subida e descida dos caixotes móveis que integram o tecto.
  7. Design. As cadeiras que equipam a sala tem um design contemporâneo, inspiram-se numa harpa e são desenhadas pelo autor do projecto.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • DIAS, Filipe Oliveira; 15 Anos de Obra pública; Porto: Editora Campo das Letras, ISBN 972610879-9
  • Ibérica, Arquitectura; Cultura; Portugal: Editora Caleidoscópio, ISBN 9-789728801649
  • CRUZ, Duarte Ivo; Teatros de Portugal; Editora Inapa, ISBN 972797104-0
  • CANNATÀ, Michele; Mapa de Arquitectura de Bragança; Portugal: Editora Argumentum, ISBN 972847924-7

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]