Templo de Ísis e Serápis – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com o grande Templo de Ísis na Via Labicana.
Templo de Ísis e Serápis
Templo de Ísis e Serápis
No canto superior esquerdo, o Templo de Ísis e Serápis. À direita dele, a Saepta Julia, e, logo abaixo, o Templo de Adriano.
Templo de Ísis e Serápis
Madama Lucrezia, provavelmente a estátua de Ísis Sothis do templo, uma das estátuas falantes de Roma.
Tipo Templo
Construção 43 a.C.
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região IX - Circo Flamínio
Coordenadas 41° 53' 53.85" N 12° 28' 40.65" E
Templo de Ísis e Serápis está localizado em: Roma
Templo de Ísis e Serápis
Templo de Ísis e Serápis

Templo de Ísis e Serápis (em latim: Iseum Campensis), chamado de Iseu (em latim: Iseum), era um santuário dedicado à deusa Ísis e seu consorte, Serápis, construído em Roma no Campo de Marte, entre a Saepta Iulia e o Templo de Minerva. O ingresso ao interior estava decorado com vários obeliscos de granito vermelho ou rosa de Assuão, importados no século I e erigidos aos pares: vários deles foram depois encontrados, partidos e incompletos, perto da basílica de Santa Maria sopra Minerva.

História[editar | editar código-fonte]

O culto a Ísis foi introduzido em Roma no século I a.C. depois de muita resistência da aristocracia tradicionalista: em 53 a.C., o Senado Romano decretou a demolição de capelas privadas construídas no interior das muralhas. O templo no Campo de Marte foi construído em 43 a.C.[1], mas o culto foi suspenso primeiro por Agripa (23 a.C.) e depois por Tibério. O culto foi depois reintroduzido por Calígula e perdurou até o final do Império. O edifício foi destruído num incêndio em 80 d.C.[2] e foi reconstruído por Domiciano[3]; novas alterações foram patrocinadas por Adriano e grande parte da estrutura foi restaurada pelos severianos. O santuário ainda existia no século V.

Características[editar | editar código-fonte]

O santuário, com 240 metros de comprimento e outros 60 de largura, estava divido em três partes: na intermediária estava uma área retangular, acedida através de arcos monumentais; em seguida foi descoberta uma praça decorada com pares de obeliscos e esfinges de granito vermelho de Assuão, no centro da qual estava o Templo de Ísis; uma abside semi-circular presumivelmente abrigava o serapeu, exatamente onde hoje está a igreja de Santo Stefano del Cacco.

Dos obeliscos que adornavam o complexo, ainda restaram o Obelisco do Panteão, o de Minerva e o Dogali; um quarto, minúsculo, possivelmente está em Urbino. Provavelmente está relacionada ao santuário a estátua de Ísis Sothis colocada em frente à basílica de San Marco e conhecida como Madama Lucrezia; desta mesma estátua provavelmente fazia parte o famoso Pé de Mármore, um fragmento encontrado numa via que hoje leva seu nome e que veste uma sandália típica das sacerdotisas de Ísis. Deste Iseu veio também uma estátua do Nilo, atualmente nos Museus Vaticanos, e do Tibre, atualmente no Louvre, além da famosa Pinha, também no Vaticano.

Localização[editar | editar código-fonte]

Planimetria do Campo de Marte central


Referências

  1. Dião Cássio, História romana, XLVII.15.4.
  2. Dião Cássio, História Romana, LXVI.24.2
  3. Eutrópio, Breviário da História Romana, VII.23.5.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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