Tenebrismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Caravaggio: Davi e Golias, 1600. Museu do Prado

Tenebrismo foi uma tendência pictórica nascida no Barroco que se perpetuou irregularmente até o Romantismo. Seu nome deriva de tenebra (treva, em latim), e é uma radicalização do princípio do chiaroscuro. Teve precedentes no Renascimento desenvolveu-se com maior força a partir da obra do italiano Caravaggio, sendo praticada também por outros artistas da Espanha, Países Baixos e França. Como corrente estilística teve curta duração, mas em termos de técnica representou uma importante conquista, que foi incorporada à história da pintura ocidental. Por vezes o Tenebrismo é usado como sinônimo de Caravaggismo, mas não são coisas idênticas.

Os intensos contrastes de luz e sombra emprestam um aspecto monumental aos personagens, e embora exagerada, é uma iluminação que aumenta a sensação de realismo. Torna mais evidentes as expressões faciais, a musculatura adquire valores escultóricos, e se enfatizam o primeiro plano e o movimento. Ao mesmo tempo, a presença de grandes áreas enegrecidas dá mais importância à pesquisa cromática e ao espaço iluminado como elementos de composição com valor próprio.

Na França Georges de La Tour foi um dos adeptos da técnica; na Itália, Battistello Caracciolo, Giovanni Baglione e Mattia Preti, e na Holanda, Rembrandt van Rijn. Mas talvez os mais típicos representantes são os espanhóis José de Ribera, Francisco Ribalta e Francisco de Zurbarán.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Fonte[editar | editar código-fonte]

  • Muñoz, J. M. Carrascal. Tenebrismo. Gran Enciclopedia Rialp. [1]