Universidade de Uppsala – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a Universidade de Uppsala. Para outros significados, veja Uppsala (desambiguação).
Universidade de Uppsala
Universidade de Upsália
Uppsala universitet
Latim:'Universitas Regia Upsaliensis, Academia Regia Upsaliensis'
Universidade de Uppsala
Lema Gratiae veritas naturae
Fundação 1477
Tipo de instituição Pública, Pesquisa
Localização Uppsala, Suécia
Funcionários técnico-administrativos 2.000
Reitor(a) Anders Hallberg
Docentes 4.000
Total de estudantes 43.591
Graduação 34.846
Pós-graduação 12.622
Doutorado 2.289
Campus Urbano
Cores      marrom      branco
Afiliações Grupo Coimbra, EUA, Rede de Universidades Matariki, The Guild
Orçamento anual 4,3 bilhões SEK (2007)[1]
Página oficial www.uu.se

A Universidade de Uppsala (em sueco: Uppsala universitet; ouça a pronúncia) ou Universidade de Upsália [2] é uma universidade pública localizada na cidade de Uppsala, na Suécia. É a mais antiga universidade na Escandinávia, fundada em 1477.[3][4][5][6]

Destaca-se nas áreas da investigação e ensino superior. Oito dos seus professores e investigadores foram galardoados com o Prémio Nobel e no total quinze pessoas, que de alguma forma estão relacionadas com a universidade, também receberam o prémio.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Fundada por iniciativa do arcebispo de Uppsala Jakob Ulfsson e do regente sueco Sten Sture, com uma bula do Papa Sisto IV em 1477, inicialmente o ensino consistia em filosofia, direito e teologia. Após o turbulento período que sucedeu à reforma, com fases de extinção virtual, a universidade tomou novos ares a partir do final do século XVI, com o surgimento da Suécia como potência regional e estado luterano, tendo alcançado mais tarde relativa estabilidade financeira, graças a um grande donativo feito pelo Rei Gustavo Adolfo II no século XVII.

No século XVIII a Universidade de Uppsala ganhou destaque com seus cientistas: matemático e físico Samuel Klingenstierna (1698-1765) nomeado professor em 1728, o físico e astrónomo Anders Celsius em 1729, e Carlos Lineu que foi professor de medicina e botânica a partir de 1741.

Durante a segunda metade do século XIX, ocorreram grandes investimentos nas ciências naturais. Um observatório astronômico, um laboratório químico e físico foram estabelecido e ampliaram o Hospital Acadêmico foi ampliado. Svedberg recebeu o Prêmio Nobel de 1926 por sua pesquisa molecular em uma ultracentrífuga, o qual se tornou o Acelerador de Partículas no Laboratório Svedberg da Universidade.

Durante a segunda metade do século XX, grandes esforços políticos foram feitos para ampliar o recrutamento para a academia. A universidade e o número de estudantes cresceram consideravelmente. Novos edifícios universitários e unidades de alojamento estudantil foram construídos por toda a cidade. Entretanto, com a abertura de novas universidades pelo país, também caiu a procura por essa instituição.

Hoje, existem aproximadamente 24 000 estudantes e 2 400 estudantes de doutorado matriculados.

A Universidade de Uppsala realiza formação e investigação em farmácia, ciências humanas, direito, medicina, cuidados de saúde, ciências sociais, línguas, tecnologia, teologia e na área da educação.

Organização[editar | editar código-fonte]

A universidade tem nove faculdades distribuídas em três grandes áreas. Recebeu, em 2007, cerca de 41 000 estudantes, entre eles 2 400 candidatos a doutorado. Dos seus 6 000 empregados, 3 800 são professores.

Universidade de Uppsala

Mantém alianças com a European University Association, pertencendo também ao Grupo Coimbra de universidades europeias. Possui intercâmbio com cerca de 50 universidades na Europa, Canadá e Estados Unidos.

O Campus Universitário consiste em diversos edifícios, muitos dos quais históricos, dispersos por toda a cidade de Uppsala.

Biblioteca[editar | editar código-fonte]

A Biblioteca da Universidade de Uppsala tem cerca de 5,25 milhões de volumes de livros e periódicos (131 293 metros lineares de prateleira), 61.959 manuscritos, 7 133 músicas digitais, e 345 734 mapas e outros documentos gráficos. A colecção de manuscritos inclui, entre outros, o manuscrito gótico da Bíblia Codex Argenteus e o Codex Upsaliensis contendo o texto da Edda em prosa.

O edifício mais conhecido é o da biblioteca universitária Carolina Rediviva, assim chamada em referência a antiga Academia Carolina, tendo esta mais 18 filiais espalhadas pela cidade.

Posição[editar | editar código-fonte]

A Universidade de Uppsala é geralmente classificado como uma das principais da Suécia, e estando em posição de destaque na Europa e no mundo. Na edição de 2019 do Ranking de Xangai (Academic Ranking of World Universities), ficou classificado em 62º lugar, sendo a segunda melhor universidade sueca nesse ranking. Os seus investigadores e alunos publicam cerca de 5 000 artigos e livros científicos por ano.[8][9]

Ranking (year) Classificação mundial Classificação europeia Classificação sueca
Academic Ranking of World Universities (2015) # 61 # 23 # 2
THES - QS World University Rankings (2017)[10] # 86 # 22 # 2
Web Ranking of European Universities (2009)[11] # 80 # 14 # 1
Top Study Links University Rankings (2010) # 107 # 21 # 2

Pessoas ligadas à Universidade de Uppsala[editar | editar código-fonte]

Universidade de Uppsala

Laureados com o Nobel[editar | editar código-fonte]

Como parte do tradicional protocolo Prêmio Nobel, seus laureados de cada ano dão uma palestra na universidade.

Realeza[editar | editar código-fonte]

Religiosos[editar | editar código-fonte]

  • Emanuel Swedenborg (1688-1772), cientista, filósofo e místico religioso.
  • Lars Levi Laestadius (1800–1861) clérigo e botânico, fundador do movimento laestadiano.
  • Nathan Söderblom (1866–1931) professor de religião comparativa, mais tarde arcebispo de Uppsala e prêmio Nobel da Paz em 1931.

Empresários[editar | editar código-fonte]

Brasileiros[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Årsredovisning 2007"» (PDF). Consultado em 1 de abril de 2010. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2008 
  2. Luft 2014.
  3. «Uppsala University» (em inglês). Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica). Consultado em 17 de outubro de 2021 
  4. Ejvind Slottved. «Uppsala universitet» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi (Grande Enciclopédia Dinamarquesa). Consultado em 17 de outubro de 2021 
  5. «Uppsala universitet» (em norueguês). Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  6. Frans af Schmidt e Tore Frängsmyr. «Uppsala universitet» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca 
  7. «Nobel laureates affiliated with Uppsala University» (em inglês). Universidade de Uppsal. Consultado em 17 de outubro de 2021 
  8. «Academic Ranking of World Universities 2019 - Sweden». Consultado em 29 de julho de 2020 
  9. «QS Top Universities: Schools». Consultado em 1 de abril de 2010. Arquivado do original em 19 de julho de 2008 
  10. «World Reputation Rankings». Times Higher Education (THE) (em inglês). 30 de maio de 2018. Consultado em 7 de outubro de 2023 
  11. «Webomatrics 2009». Consultado em 1 de abril de 2010. Arquivado do original em 8 de maio de 2009 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Luft, Celso Pedro (2014). «Uppsala». Novo guia ortográfico. Rio de Janeiro: Globo Livros 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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