Vanerão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vanerão
Origens estilísticas Habanera
Contexto cultural século XX, Rio Grande do Sul
Instrumentos típicos Pandeiro, Acordeão e Voz
Popularidade Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso
Formas derivadas Vanera, vanerinha, forronerão, sambanerão
Subgêneros
Vanera e vanerinha
Gêneros de fusão
forronerão e sambanerão
Formas regionais
estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil
Outros tópicos
Centro de Tradições Gaúchas, Rodeio, Música nativista, Tradicionalismo gaúcho

Vanerão é um estilo de dança típica do Rio Grande do Sul, também muito presente e mantido como tradição em especial no Paraná, além de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Assim como a vanera e a vanerinha, nasceu de origem alemã e se desenvolveu no Sul do Brasil. Seu ritmo foi influenciado pela habanera, originada em Havana, Cuba, da mesma forma que vários outros encontrados nos países hispano-americanos, como o tango, o samba canção e o maxixe.[1][2]

De acordo com o andamento da música, têm-se as variantes vanerinha, para ritmo lento, vanera, para ritmo moderado, e vanerão, para ritmo mais rápido.[1][2]

Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma das danças mais populares do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.[2] Foi levada também a Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste.[2]

Se popularizou também na região Nordeste do Brasil, no final dos Anos 90[3], até a metade dos Anos 2000, quando Gaúcho da Fronteira e Brasas do Forró fundiram o vanerão com o forró, criando o forronerão. Tal parceria resultou na gravação do álbum "Forronerão Ao Vivo".[4]

Dentre os artistas que se destaca no estilo estão Porca Véia, Gaúcho da Fronteira Tchê Garotos, Tchê Barbaridade, Garotos de Ouro, Baitaca, Sandro Coelho, Chiquito e Bordoneio

O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosismo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes.

O vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tanto dos músicos, como dos bailadores. Os passos do vanerão devem ser executados em quatro movimentos: dois passos para a esquerda e dois para direita. Na dança as pessoas usam roupas originárias da Europa e Oriente Médio.[2]

Referências

  1. a b Gabriel, Cardoso (14 de setembro de 2012). «Entre no ritmo e aprenda em vídeo a dançar vanerão, dança típica do RS». G1 Rio Grande do Sul. Consultado em 8 de junho de 2018. Cópia arquivada em 8 de junho de 2018 
  2. a b c d e O Fato Novo (14 de fevereiro de 2014). «Qual a origem do Vanerão?». Consultado em 12 de junho de 2018. Cópia arquivada em 12 de junho de 2018 
  3. Braga, Robson. «Interações entre o tradicional e o massivo: em busca das matrizes regionais do forró eletrônico» (PDF). Consultado em 11 de maio de 2020 
  4. CD FORRONERÃO AO VIVO - GAÚCHO DA FRONTEIRA & BRASAS DO FORRÓ, consultado em 11 de maio de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre música é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.