Vira-Vira – Wikipédia, a enciclopédia livre

"Vira-Vira"
Vira-Vira
Single de Mamonas Assassinas
do álbum Mamonas Assassinas
Lançamento Agosto de 1995
Formato(s) CD single
Gênero(s) Rock cômico, hard rock, rock alternativo, vira
Duração 2:21
Gravadora(s) EMI
Composição Dinho, Júlio Rasec
Produção Rick Bonadio
Cronologia de singles de Mamonas Assassinas
"Pelados em Santos"
(1995)
"Robocop Gay"
(1995)

"Vira-Vira" é uma canção da banda de rock brasileira Mamonas Assassinas, lançada originalmente no seu álbum homônimo de estreia. Foi a 2ª canção mais tocada no país no ano de 1995.[1] A canção, uma das primeiras do disco a ser lançada, tornou-se uma espécie de hino da banda.[2] A canção é uma referência ao cantor português Roberto Leal e a canção "Arrebita", lançada no início dos anos 1970.[3]

Quando os meninos estouraram com a canção eu estava em Portugal. Todo mundo achava que eu ia ficar chateado, que ia processar. Meus advogados falaram que eu ganharia um bom dinheiro. Quando cheguei no Brasil vi o país todo cantando, meu próprio filho cantava. Eles me levaram para a nova geração, dando uma dimensão ainda maior do meu trabalho. Me tornei amigo deles”.[4]
Roberto Leal, em entrevista à revista Caras Online

Em Portugal, a canção foi muito associada a escândalos de corrupção política.

Temática da canção[editar | editar código-fonte]

A canção é uma sátira ao gênero de folclore português Vira e nas canções "A casa da Mariquinha" e "Arrebita", de Roberto Leal,[5] apresentando a melodia desta última.[6] Roberto Leal, posteriormente à morte dos membros da banda, gravou a canção "A Festa Ainda Pode Ser Bonita" em homenagem a eles.[6]

Sua letra é inspirada em uma piada do humorista Costinha, presente no álbum O Peru da Festa 2, e conta a história de um português que foi convidado para uma orgia (também conhecida como suruba). Por não saber do que se tratava, ele enviou sua esposa para ir em seu lugar. Ela volta uma semana depois, cheia de dores, sendo vítima da zombaria do português. No final da canção, ele acaba sentindo indiretamente o que a esposa passou, com o último verso: "Ai, como dói!".[7]

Formatos e faixas[editar | editar código-fonte]

  1. "Vira-Vira" - 2:21

Videoclipe[editar | editar código-fonte]

O que poucas pessoas sabem é que os Mamonas chegaram a gravar 2 videoclipes. O mais famoso deles foi para a canção Pelados em Santos, quando a banda estava no auge de seu sucesso. O outro, que foi o primeiro que eles gravaram, foi o da canção Vira-Vira. Como eles gravaram quando ainda tinham poucos recursos, o clipe é bem precário.[9] Júlio Rasec, inclusive, contou um dia para sua avó: ‘Eu apareço, sim, vó, olha ali no fundo’.[10]

Notas e referências

  1. mofolandia.com.br/ Arquivado em 20 de agosto de 2013, no Wayback Machine. Músicas mais tocadas de 1995
  2. cliquemusic.uol.com.br/ Mamonas Assassinas
  3. «15 anos sem Mamonas Assassinas: Roberto Leal diz ter psicografado canção composta por Dinho». extra.globo.com. Consultado em 25 de maio de 2011 
  4. caras.uol.com.br/ Roberto Leal lembra relação com Mamonas Assassinas: "Todo mundo achou que eu processaria, mas fiquei amigo"
  5. «Roberto Leal fala sobre versão 'Arrebita' dos Mamonas Assassinas». tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 13 de agosto de 2021 
  6. a b Rodrigues, Kellen (27 de agosto de 2013). «Roberto Leal lembra relação com Mamonas Assassinas: 'Todo mundo achou que eu processaria, mas fiquei amigo'». CARAS Brasil. Consultado em 12 de agosto de 2021 
  7. independent.co.uk/ Obituary: Mamonas Assassinas
  8. «Mamonas Assassinas ‎– Vira-Vira (CD)». Discogs. Consultado em 23 de fevereiro de 2015 
  9. mais.uol.com.br/ Veja o clipe da música Vira-Vira
  10. memoriaglobo.globo.com/ Globo Repórter - Morte dos Mamonas Assassinas (08/03/1996)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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