Visita da Filarmônica de Nova Iorque à Coreia do Norte – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Filarmônica de Nova Iorque apresentou-se em Pyongyang, Coreia do Norte, dia 26 de fevereiro de 2008, sendo um evento significante na relação Coreia do Norte - Estados Unidos. A orquestra apresentou em East Pyongyang Grand Theatre, com o concerto sendo televisionado pela Televisão Estatal da Coreia do Norte.

Concerto[editar | editar código-fonte]

Programa[editar | editar código-fonte]

O programa, conduzido pelo maestro Lorin Maazel, incluiu os hinos nacionais da Coreia do Norte (aegukka) e o dos Estados Unidos (The Star-Spangled Banner), o prelude do ato III de Lohengrin de Richard Wagner, Sinfonia nº9 de Antonín Dvorák e An American in Paris de George Gershwin. A orquestra interpretou duas obras bônus: L'Arlesienne Suite (Farandole) de Georges Bizet e Overture to Candide de Leonard Bernstein[1] e o concerto foi fechado com a música popular coreana Arirang[2][3].

Presença[editar | editar código-fonte]

O líder norte-coreano Kim Jong-il não estava presente no concerto, mas o vice-presidente da Suprema Assembleia do Povo, Yang Hyong-sop e o Chefe do Ministério Americano, Li Gun, estava presentes[4].

Transmissão[editar | editar código-fonte]

Uma transmissão nacional do concerto da Filarmônica foi transmitido pela Televisão Central Coreana[5]. A gravação do concerto foi produzido pela companhia alemã EuroArts Music International e foi transmitida pela CNN no Canadá e nos Estados Unidos, CNN Internacional, MBC na Coreia do Sul e SMC na China. Arte na França e Alemanha, Thirtee/WNET e PBS nos Estados Unidos, SVT na Suécia, DR na Dinamarca, RTBF na Bélgica, MTV na Hungria. Os concertos também foram liberados na internet[6].

Contexto Político[editar | editar código-fonte]

Em 13 de agosto de 2007, a Filarmônica anunciou que estava considerando a hipótese de aceitar o convite de se apresentar na Coreia do Norte, via "um representante independente do Ministério da Cultura"[7].

Em outubro de 2007, a Filarmônica viajou para Pyongyang, acompanhado pelo Diretor Executivo da Sociedade da Coreia e o membro do Escritório Coreano dos Estados Unidos. O convite foi formalmente aceite em dezembro de 2007 numa conferência pelo presidente da Filarmônica de Nova Iorque e o embaixador da Coreia do Norte nos Estados Unidos, Pak Kil-yon.

Efeitos[editar | editar código-fonte]

O governo da Coreia do Norte permitiu o acesso de mais de 300 extrangeiros. O acesso a internet foi quase irrestrita e os telefonemas internacionais foram permitidos para jornalistas de outros países.

O evento foi a primeira visita culturado dos Estados Unidos a Coreia do Norte desde a Guerra da Coreia. A visita foi antecipada como oportunidade de relação com uma das nações mais isoladas do mundo[8].

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Lista de orquestras

Referências

  1. Wakin, Daniel (27 de fevereiro de 2008). «North Koreans Welcome Symphonic Diplomacy». New York Times 
  2. Kuhn, Anthony. «New York Philharmonic Heads to North Korea». National Public Radio 
  3. «Cultural diplomacy: Soft power and a rapturous ovation». The Economist. 28 de fevereiro de 2008 
  4. «U.S. Anthem Gets Orchestral Airing in Pyongyang». The Chosun Ilbo. 27 de fevereiro de 2008. Consultado em 10 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 1 de março de 2008 
  5. Wakin, Daniel J. (19 de fevereiro de 2008). «Concert in North Korea to Be Broadcast Live». The New York Times. The New York Times Company 
  6. Lee, Chris (26 de fevereiro de 2008). «The New York Philharmonic in Pyongyang and Seoul». New York Philharmonic 
  7. Michelle, Nichols (13 de agosto de 2007). «NY Philharmonic considers North Korean invitation». Reuters 
  8. Wakin, Daniel J. (10 de dezembro de 2007). «Philharmonic Agrees to Play in North Korea». The New York Times. The New York Times Company