Voo United Airlines 175 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Voo United Airlines 175
Acidente aéreo
Voo United Airlines 175
Colisão do voo 175 da United Airlines contra a torre sul (à esquerda) do World Trade Center.
Sumário
Data 11 de setembro de 2001
Causa Sequestro aéreo
Local Estados Unidos World Trade Center, Nova Iorque, Estados Unidos.
Origem Aeroporto Internacional de Logan, Boston, Estados Unidos.
Destino Aeroporto Internacional de Los Angeles, Estados Unidos.
Passageiros 56
Tripulantes 9
Mortos 65
Feridos 0
Sobreviventes 0
Aeronave
Modelo Boeing 767-222
Operador Estados Unidos United Airlines
Prefixo N612UA
Primeiro voo 27 de janeiro de 1983
Notas
Parte dos ataques de 11 de setembro de 2001

O voo United Airlines 175 foi um voo utilizado nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. O voo saiu do Aeroporto Internacional Logan em Boston, Massachusetts em direção ao Aeroporto Internacional de Los Angeles em Los Angeles, Califórnia. No dia 11 de Setembro de 2001, o Boeing 767-222, da companhia United Airlines, prefixo N612UA foi sequestrado e caiu em Nova Iorque durante os atentados do 11 de Setembro. Ele foi o segundo avião a ser sequestrado naquela manhã e a colidir no World Trade Center. Foi um incidente registrado ao vivo pela televisão. Dessa maneira, a notícia se espalhou por todo o mundo e seu desenrolar foi acompanhado por milhões. Anteriormente a ele, o voo 11, da companhia American Airlines, havia se chocado com o topo da torre 17 minutos antes.

A aeronave[editar | editar código-fonte]

A aeronave Boeing 767-200 de registro N612UA no Aeroporto Internacional de San Francisco em 1999.

A aeronave envolvida no atentado foi um Boeing 767-200, registro N612UA, construído em 1983,[1] com capacidade para 168 passageiros (10 na primeira classe, 32 na classe executiva e 126 na econômica, no dia do atentado o avião carregava 56 passageiros.

Embarque[editar | editar código-fonte]

Duas horas antes do embarque, al-Shehhi recebeu um telefonema de cinco minutos de Ziad Jarrah às 05:01. Jarrah foi escalado para sequestrar o vôo 93 de Newark, Nova Jersey, não muito longe das Torres Gêmeas. O objetivo da ligação era confirmar que eles estavam prontos para realizar os ataques. Hamza al-Ghamdi e Ahmed al-Ghamdi fizeram o check-out do hotel e chamaram um táxi para levá-los ao Aeroporto Internacional Logan em Boston, Massachusetts. Eles chegaram ao balcão da United Airlines no Terminal C às 06:20, horário do leste. E Ahmed al-Ghamdi despachou duas malas. Ambos os sequestradores indicaram que queriam comprar ingressos, embora já tivessem bilhetes em papel, que foram comprados aproximadamente 2 semanas antes dos ataques. Eles tiveram problemas para responder às perguntas de segurança padrão, então o contra-agente repetiu as perguntas muito lentamente até ficar satisfeito com as respostas. O piloto sequestrador Marwan al-Shehhi despachou uma única mala às 06h45, e os outros sequestradores restantes, Fayez Banihammad e Mohand al-Shehri, fizeram o check-in às 06h53; Banihammad despachou duas malas. Nenhum dos sequestradores do voo 175 foi selecionado para exame extra pelo Computer Assisted Passenger Prescreening System (CAPPS). Nesse ínterim, al-Shehhi se aproximou de um telefone público e ligou para o celular de Mohamed Atta. Atta estava se preparando para embarcar no vôo 11 da American Airlines de outro terminal em Logan, e lançaria o avião contra a Torre Norte do World Trade Center 17 minutos antes de al-Shehhi colidir com a Torre Sul. Como a conversa anterior com Jarrah, a intenção desta comunicação final era confirmar que ambos estavam prontos para prosseguir com os ataques.

Shehhi e os outros sequestradores embarcaram no voo 175 entre 07h23 e 07h28. Banihammad embarcou primeiro e sentou-se no assento 2A da primeira classe, enquanto Mohand al-Shehri estava no assento 2B. Às 07h27, Shehhi e Ahmed al-Ghamdi embarcaram e sentaram-se nos assentos 6C e 9D da classe executiva, respectivamente. Um minuto depois, Hamza al-Ghamdi embarcou e sentou-se no 9C. O voo estava programado para sair às 08:00 com destino a Los Angeles . Cinquenta e um passageiros e os cinco sequestradores embarcaram no 767 pelo Portão 19 do Terminal C. O avião recuou às 07:58 e decolou às 08:14 da pista 9, quando o vôo 11 foi sequestrado. Por volta dessa época, o capitão e o primeiro oficial captaram uma comunicação alarmante de uma aeronave ainda não identificada, que eles presumiram ser a voz de um sequestrador; na verdade, mais tarde descobriu-se que a comunicação foi feita da cabine do vôo 11. Embora nervosos, eles optaram por não chamá-lo imediatamente, em vez disso, esperaram até que tivessem cruzado as frequências de rádio do Boston Center para as do New York Center .para evitar ser escutado. Às 08:33, a aeronave atingiu a altitude de cruzeiro de 31.000 pés (9.400 m), que é o ponto em que o serviço de cabine normalmente começaria. Buscando informações sobre o paradeiro do vôo 11, os controladores de tráfego aéreo perguntaram aos pilotos do vôo 175 se eles podiam ver o avião sequestrado. A tripulação não conseguiu localizar o avião a princípio, mas se corrigiu imediatamente ao perceber que o vôo 11 estava a 29.000 pés (8.800 m). O ATC então instruiu os pilotos a virar e evitar o vôo 11.

Sequestradores[editar | editar código-fonte]

Marwan al-Shehhi, o líder e piloto

Havia cinco sequestradores a bordo do voo 175, sendo:

O voo[editar | editar código-fonte]

Trajeto do voo 175 da United de Boston a Nova Iorque
Parte da fuselagem no telhado do 5 World Trade Center.

O voo 175 foi programado para partir às 08h00min EDT do portão 26 às 07h59min. Devido aos atrasos no pátio, o voo partiu da pista de decolagem às 08h14min da pista 4R. O voo tinha sido programado para partir 14 minutos mais cedo, provavelmente um sequestro em torno do mesmo horário que o voo 11.

O voo foi pilotado pelo capitão Victor Saracini, com Michael Horrocks como primeiro oficial. Às 08h37min:08, o controle de voo perguntou aos pilotos do UA175 se poderiam ver o voo 11 da American Airlines no seu alcance de visão, e a resposta era afirmativa. Foram requisitados a manter a distância do voo a partir do momento que sabiam se tratar de um sequestro. Aproximadamente 5 minutos mais tarde, o voo 175 foi sequestrado também.

Às 8h41min, o voo 175 relatou o controle de Nova Iorque sobre a transmissão do voo 11. Que era Mohamed Atta ; que era pra falar com os passageiros. Mas apertou o botão errado e enviou para o controle e foi a última transmissão do voo. Um minuto depois, o avião foi sequestrado quando o voo 11 estava a poucos minutos de atingir a Torre Norte.[2]

Sequestro[editar | editar código-fonte]

Às 8h42min, o voo 175 foi sequestrado na altitude de 31.000 pés (9.400 m). Acredita-se que Fayez Banihammad e Mohand al-Shehri entraram à força na cabine e mataram os pilotos, enquanto os irmãos Hamza al-Ghamdi e Ahmed al-Ghamdi começaram a forçar os passageiros e tripulantes ir pro fundo do avião, permitindo que Marwan al-Shehhi pilotasse o avião indo em direção a Nova Iorque. Às 8h46min30, o voo 11 colide contra a Torre Norte do World Trade Center e logo em seguida o transponder do voo 175 é desligado. O Controle de Nova Iorque não percebeu, apenas ficou focado nos outros aviões. Às 8h51min o controlador Dave Bottiglia percebeu que o transponder do voo 175 foi desligado; ele fez cinco tentativas de comunicar-se com o voo, mas sem resposta. Às 09h00, quando o avião chegou a 28.500 pés (8.800 m), al-Shehhi desceu e fez uma curva a esquerda em direção a Manhattan (ao sul). O NORAD percebeu o sequestro do voo 175 segundos antes de colidir contra a Torre Sul. Então eles decidiram ''interceptar'' o avião, mas já era tarde demais.

Impacto[editar | editar código-fonte]

Às 09h03min, Marwan al-Shehhi deliberadamente lançou o voo 175 contra a face sul da Torre 2 (Torre Sul) do World Trade Center viajando a aproximadamente 950 km/h (590 mph)[3] e acertando entre os andares 77 e 85 com aproximadamente 10.000 galões do combustível de jato. Havia 56 passageiros a bordo (incluindo os 5 sequestradores) e outros 9 membros do grupo, nenhuma pessoa sobreviveu. Centenas foram mortas dentro da torre com suas explosões, fogo e posterior colapso. Ao redor 600 pessoas foram mortas imediatamente ou isoladas acima dos andares do impacto na Torre Sul (2 WTC).

De acordo com testemunhas oculares e vídeos amadores, o avião pareceu executar uma volta para a esquerda nos momentos finais. Estima-se que a razão para isso foi o receio do sequestrador de colidir contra um helicóptero, que se encontrava acima da Torre Norte, tentando salvar alguns possíveis sobreviventes. A imagem do impacto foi gravada por várias emissoras de televisão ao vivo e vídeos de amadores.

Alguns restos do avião foram recuperados próximos do atentado, incluindo o trem de pouso encontrado no alto de um edifício a oeste de um parque da Broadway, um motor foi encontrado no cruzamento das ruas Church e Murray, além de uma parte da fuselagem no alto do 5 World Trade Center.

Às 09h59min:04 a Torre Sul do World Trade Center desmoronou, vista e ouvida por milhões de pessoas por todo o mundo. Esteve de pé 56 minutos e 1 segundo após o impacto do voo 175.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. https://web.archive.org/web/20070929134640/http://www.ntsb.gov/ntsb/GenPDF.asp?id=DCA01MA063&rpt=fi
  2. Pais, Ana; Tombesi, Cecilia (10 de setembro de 2021). BBC News Mundo https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-b7a00a0b-9386-4fae-84b7-9c3e9f39d8ff  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. National Transportation and Safety Board (7 de fevereiro de 2002). «Radar Data Impact Speed Study» (PDF). NTSB. p. 2. Consultado em 29 de dezembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 19 de dezembro de 2007