Altamiro José dos Anjos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Altamiro José dos Anjos, mais conhecido como Dascuia (Florianópolis, 21 de agosto de 1935 - Florianópolis, 9 de julho de 2018) foi um dirigente carnavalesco, músico, militar e atleta de Florianópolis. É conhecido por ter sido presidente da Protegidos da Princesa e vice-presidente da Copa Lord, as duas escolas de samba mais antigas da cidade, e ter sido homenageado com o nome da Dascuia, escola da qual foi presidente de honra, se tornando uma das figuras mais famosas do Carnaval de Florianópolis.

Carnaval[editar | editar código-fonte]

Em 1953, vira ritmista na bateria da escola de samba Os Protegidos da Princesa, continuando na escola e participando como componente, diretor, conselheiro, tesoureiro e presidente. Durante a sua presidência, a escola venceu o carnaval de 1985. Também foi vice-presidente da Embaixada Copa Lord.[1][2] Além de ter participado das diretorias das escolas mais antigas da cidade, ele é a única pessoa que nomeou uma escola de samba em Florianópolis: a GRES Dascuia.[3]

Dascuia: bloco e escola[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Dascuia

O bloco nomeado em homenagem a Dascuia foi fundado pelos filhos dele em 2004 como um bloco de sujos chamado Filhos de Dadá, se tornando um bloco de enredo no ano seguinte como o nome de Associação Esportiva Cultural Carnavalesca Bloco do Dascuia e participando dos desfiles de blocos de enredo entre 2006 e 2011.[1] Após conquista o título dos blocos em 2011, o bloco se torna escola de samba, passando a se chamar Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dascuia e representando o Morro do Céu.

As cores do bloco e depois da escola, verde e rosa, são as mesmas da Mangueira, escola carioca da qual Dascuia era torcedor.[4] Dascuia desfilou no bloco e na escola, mas se afastou devido a problemas de saúde. Ele retorna em 2018, quando é homenageado no enredo e participa como destaque do desfile das escolas de samba, sentado em um trono em um dos carros alegóricos com sua esposa.[5][6]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Seus pais eram Antônio Inocêncio dos Anjos e Ferminia Nascimento dos Anjos. Morava quando criança no Estreito, onde estudou no Grupo Escolar José Boiteux. Teve uma carreira na Aeronáutica, servindo na Base Aérea de Florianópolis e se tornando 3º Sargento da Reserva. Quando jovem, se destacava nos esportes, tendo participado do Jogos Abertos de Santa Catarina no vôlei, basquete, futebol e no revezamento 4x100 com diversas premiações. Também foi massagista na equipe de natação do Lira Tênis Clube.[2]

Seu apelido foi dado por seus amigos após um acidente que resultou em um ferimento na cabeça e um afundamento o crânio, o deixando em formato de uma cuia. Ao vê-lo recuperado, comentaram que Altamiro havia "quebrado a cuia", resultando depois no apelido Dascuia.[7]

Na maior parte da vida, morou no Morro do Céu. Era casado com Valdeonira Silva dos Anjos e teve oito filhos.

Faleceu aos 82 anos no Hospital Governador Celso Ramos, no Centro de Florianópolis. Foi enterrado no Cemitério São Francisco de Assis, no bairro Itacorubi, também em Florianópolis.[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

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