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Carlos Cyrillo Júnior
Cirilo Júnior
Carlos Cyrillo Júnior
77° Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
Período 1 de janeiro de 1949
até 1 de fevereiro de 1951
Presidente Eurico Gaspar Dutra
Antecessor(a) Samuel Vital Duarte
Sucessor(a) Nereu Ramos
Ministério da Justiça e Negócios Interiores do Brasil
Período 8 de julho de 1958
até 31 de julho de 1959
Presidente Juscelino Kubitschek
Antecessor(a) Eurico Sales
Sucessor(a) Armando Falcão
Dados pessoais
Nascimento 25 de dezembro de 1886
Curitiba
Morte 31 de maio de 1965 (78 anos)
São Paulo
Profissão advogado e professor

Carlos Cyrillo Júnior (Curitiba, 25 de dezembro de 1886São Paulo, 31 de maio de 1965) foi um advogado e político brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Bacharelou-se em Direito, especializando-se em direito criminal, comercial e civil. Foi ainda professor de direito civil, comercial e criminal na Faculdade de Direito de São Paulo e membro do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil.

De 1912 a 1929 ocupou várias vezes a cadeira de deputado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Em 1930, elegeu-se deputado federal por São Paulo, exercendo o mandato de maio a outubro, quando o Congresso Nacional foi fechado. Em janeiro de 1932 foi um dos signatários do manifesto do Partido Republicano Paulista (PRP). No mês de julho os paulistas deflagraram a Revolução Constitucionalista, derrotada militarmente, em outubro, pelo governo federal. Cyrillo Júnior, que havia colaborado com a organização do levante armado, foi levado preso para o Rio de Janeiro e em seguida deportado para Lisboa.

De volta ao Brasil elegeu-se, em 1934, deputado à Assembleia Constituinte paulista na legenda do PRP. Participou dos trabalhos constituintes e, com a promulgação da nova Carta estadual, passou a exercer mandato legislativo ordinário. Foi líder da oposição até 1937 quando, mais uma vez, os órgãos legislativos foram fechados com a implantação do Estado Novo. Voltou então a exercer as atividades forenses, e em 1939 tornou-se membro do Conselho Administrativo do Estado de São Paulo.

No ano de 1945, Cyrillo Júnior filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) de São Paulo. Em 2 de dezembro elegeu-se deputado por São Paulo à Assembleia Nacional Constituinte (ANC). Empossado em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos como líder da bancada paulista do PSD e como relator-geral do projeto da Constituição. Com a promulgação da nova Carta em 18 de setembro de 1946), passou a exercer mandato ordinário.

Em 1949, Cyrillo Júnior foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, cargo no qual permaneceria até o final da legislatura. Ainda neste ano assumiu a presidência do PSD em substituição a Nereu Ramos.

Nas eleições, realizadas em outubro de 1950, concorreu à reeleição para a Câmara Federal, obtendo a primeira suplência. No decorrer dessa legislatura exerceu o mandato de agosto de 1952 a dezembro de 1953, e de janeiro a dezembro de 1954.

Foi ministro da Justiça e Negócios Interiores no governo Juscelino Kubitschek,[1] de 8 de julho de 1958 a 31 de julho de 1959.

Cyrillo Júnior foi ainda embaixador do Brasil na Bélgica de 1960 a 1963.

Referências

  1. Motta, Marly Silva da; Freire, Américo; Sarmento, Carlos Eduardo (2004). A política carioca em quatro tempos. Rio de Janeiro: FGV Editora. p. 41 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Samuel Vital Duarte
Presidente da Câmara dos Deputados
1949 — 1951
Sucedido por
Nereu de Oliveira Ramos
Precedido por
Eurico de Aguiar Sales
Ministro da Justiça
e
Negócios Interiores do Brasil

1958 — 1959
Sucedido por
Armando Falcão