Escânia – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Província | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Coordenadas | ||||
Região | Gotalândia | |||
Condado | Escânia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 11 368 km² | |||
População total (2022) | 1 411 084 hab. | |||
Outras informações | ||||
Maior cidade | Malmö | |||
Maior lago | Ivo | |||
Flor | Margarida | |||
Animal | Veado-vermelho | |||
Peixe | Enguia |
A Escânia (em sueco Skåne; pronúncia; em latim: Scania) é uma província histórica da Suécia, situada na região histórica da Gotalândia, no sul do país. [1] [2] Ocupa 2% da área total do país, e tem uma população de 1 418 496 habitantes (2023). [3]
É uma península, situada na ponta sudoeste da Suécia. Está cercada por água a oeste (estreito de Öresund em frente à Dinamarca) e a a sul e sudeste (Mar Báltico), e tem limite terrestre com a Halland e a Småland, a norte, e com Blekinge, a leste. [1][4][5]
É conhecida como "celeiro da Suécia" (Sveriges kornbod) e associada a uma enorme planície com cultura intensiva de cereais, oleaginosas, beterraba açucareira, frutas e bagas. [1][6][7]
Como província histórica, não possui funções administrativas, nem significado político, mas está diariamente presente nos mais variados contextos, como por exemplo em Skånes universitetssjukhus (hospital universitário), Skånes Djurpark (jardim zoológico) e Skånska Dagbladet (jornal). [8] A província da Escânia faz parte do Condado da Escânia na sua totalidade.[9]
Etimologia e uso
[editar | editar código-fonte]O nome geográfico sueco Skåne deriva possivelmente de "Skadinawi", o termo em língua germânica primitiva designando ”terra junto ao mar”, talvez em referência à península de Falsterbo, onde existe hoje em dia uma povoação chamada Skanör. A província está mencionada como ”Sconeg”, em inglês no século IX, como "Skanø", em escrita rúnica do século XI, e como "Skáney", em islandês antigo. Aparece latinizado como Scadinavia pelo historiador romano Plínio, o Velho no século I.[10] [11]
Em textos em português, costuma ser usada a forma aportuguesada Escânia.
Aspecto geral
[editar | editar código-fonte]A Escânia é constituída essencialmente por planícies, cortadas por uma cadeia de planaltos baixos de noroeste a sudeste. Está coberta por numerosas florestas de coníferas no norte, por faias e outras folhosas no sul, e por prados e urzeirais no sudeste. O sudoeste da província é a principal região agrícola do país, havendo uma grande produção de cereais, oleoginosas, beterrabas e legumes.[12]
História
[editar | editar código-fonte]A Escânia foi a primeira parte da Suécia em que derreteram os glaciares da última Idade do Gelo. Os primeiros habitantes chegaram à região há uns 13 000 anos, em plena Idade da Pedra.
A Escânia, a Halland e Blekinge foram parte integrante do Reino da Dinamarca, desde o século IX até ao XVII.
No século XVII, pelo Tratado de Roskilde em 1658, a Escânia passou a ser um território dependente da Suécia, até ser definitivamente integrado em 1719 no Reino da Suécia.
Depois de um período de de estagnação, com a chegada das vias férreas, a Escânia entrou de novo numa era de desenvolvimento económico. [1][13][14][9][15]
Geografia
[editar | editar código-fonte]A Escânia é uma grande península, rodeada de água por três lados. É constituída por planícies na sua maior parte, havendo todavia algumas montanhas bloco com cerca de 200 m de altitude e uma área ondulada no seu sudeste. [1][2]
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Cidades tradicionais
[editar | editar código-fonte]As seguintes cidades têm mais de 10 000 habitantes: [16]
- Malmö, 313 125 (2020)
- Helsingborg, 113 828 (2020)
- Lund, 94 378 (2020)
- Kristianstad, 41 299 (2020)
- Landskrona, 28 000
- Trelleborg, 25 000
- Ängelholm, 22 000
- Hässleholm, 17 000
- Ystad, 17 000
- Eslöv, 16 000
- Staffanstorp, 13 000
- Höganäs, 13 000
- Höllviken, 10 000
Património histórico, cultural e turístico
[editar | editar código-fonte]- Casa de Glimminge
- Catedral de Lund
- Costa de Hovs hallar
- Fundação Wanås
- Hallands Väderö
- Ilha de Ven
- Jardim Zoológico da Escânia
- Kulturen i Lund
- Mercado de Kivik
- Museu de Arte Moderna de Malmö
- Palácio de Sofiero
- Parque de Diversões de Tosselilla
- Parque Nacional de Söderåsen
- Parque Nacional de Stenshuvud
- Pedras de Ale
- Ponte de Öresund
- Reserva Natural de Kullaberg
- Praia de Sandhammaren
- Praça Möllevångstorget
- Trilho da Escânia
- Turning Torso
- Vattenrike
Comunicações
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Galeria
[editar | editar código-fonte]- Bandeira não-oficial da Escânia
- Vista da Escânia na região de Lund
Referências
- ↑ a b c d e Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Skåne». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 579. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8
- ↑ a b «Skåne». Sveriges landskap. och Stockholm, Göteborg och Malmö (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. 1995. p. 34-35. 64 páginas. ISBN 91-21-14445-1
- ↑ «Folkmängd i landskapen den 31 december 2023» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 23 de maio de 2024
- ↑ Malin Wedsberg (redatora) (1995). «Skåne». Sveriges landskap. Och StockholmGöteborg och Malmö (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. p. 34. 64 páginas. ISBN 91-21-14445-1
- ↑ «Folkmängd i landskapen den 31 december 2022» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 4 de maio de 2023
- ↑ Bjarne Rydstedt, Georg Andersson, Torsten Bladh, Per Olof Köhler, Karl-Gustaf Thorén e Mona Larsson (1987). «Skåne». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. p. 36-37. 216 páginas. ISBN 91-27-62563-X
- ↑ «Skåne». Norstedts uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 2007-2008. p. 903. 1488 páginas. ISBN 9789113017136
- ↑ Ulf Sporrong. «Landskap» (em sueco). Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 11 de junho de 2015
- ↑ a b «Skåne». Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 23 de junho de 2012
- ↑ Wahlberg, Mats (2003). «Skåne». Svenskt ortnamnslexikon (Dicionário dos nomes das localidades suecas) (em sueco). Uppsala: Språk- och folkminnesinstitutet e Institutionen för nordiska språk vid Uppsala universitet. p. 39. 289 páginas. ISBN 91-7229-020-X
- ↑ Pamp, Bengt (1988). «Namn på länder och landskap – Skåne». Ortnamnen i Sverige (Nomes de localidades da Suécia) (em sueco). Lund: Studentlitteratur. p. 84. 199 páginas. ISBN 91-44-01535-6
- ↑ Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Skåne». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 903. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6
- ↑ Anders Hansson; et al. «Skåne» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Historia. Consultado em 6 de maio de 2023
- ↑ Bent Valeur, Michael Bregnsbo e Ole Ventegodt. «Skåne» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi (Grande Enciclopédia Dinamarquesa). Tidlig historie; Krigene mellem Sverige og Danmark. Consultado em 6 de maio de 2023
- ↑ «Scanie». Larousse Encyclopédie. Consultado em 23 de junho de 2012
- ↑ «Skåne statistik». Consultado em 23 de junho de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- DANIELSSON, Mattias (2009). «Skåne». Landskapen i Sverige (em sueco). Estocolmo: Natur och Kultur. pp. 6–7. ISBN 978-91-27-41251-4
- ANDERSSON, G.; RYDSTEDT, B.; BLADH, T.; LARSSON, M.; KÖHLER, P. O.; THORÉN, K-G. (1987). «Skåne». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och Kultur. pp. 36–38. ISBN 978-91-27-62563-1
- WEDSBERG, Malin (1995). «Skåne». Sveriges landskap (em sueco). Estocolmo: Almqvist&Wiksell. pp. 34–35. ISBN 91-21-14445-1
- Enciclopédia Nacional Sueca - Skåne
- Enciclopédia Britânica - Skåne
- Sverigeguiden - Skåne
- Larousse Encyclopédie - Scanie
- Encyclopédie Universalis - Scanie