Filipe Melo (político) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Filipe Melo
Filipe Melo (político)
Filipe Melo
Deputado à Assembleia da República pelo Distrito de Braga
Período 29 de março de 2022 até a atualidade
Legislatura XVI da República Portuguesa
XV da República Portuguesa
Presidente da Distrital de Braga do CHEGA
Período 5 de dezembro de 2020 até a atualidade
Dados pessoais
Nome completo António Filipe Dias Melo Peixoto
Nascimento 12 de agosto de 1981 (42 anos)
Nacionalidade Portuguesa
Partido CHEGA

António Filipe Dias Melo Peixoto (12 de agosto de 1981) geralmente conhecido como Filipe Melo, é um gestor de empresas e político português. Atualmente, assume as funções de deputado à Assembleia da República e presidente da distrital de Braga do CHEGA.

Filipe Melo, é formado em relações internacionais, tendo sido bancário durante quinze anos no antigo Banco Espírito Santo. É gestor de empresas desde 2016.[1]

Filipe Melo consta ainda da lista pública de execuções do Ministério da Justiça, estando envolvido em três processos no Tribunal Judicial da Comarca de Braga, com uma dívida de 80.493,55 euros ao Estado português.[1]

Atividade política[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2020, escreveu no Facebook, sobre a colega de partido Cibelli Pinheiro de Almeida, à época presidente da mesa da Assembleia Distrital, para criticar um possível adiamento das eleições distritais: “Não vai ser uma brasileira que vai mandar nos destinos de um partido nacionalista… Se uma Brasileira não se preocupa com o futuro do Partido e do nosso líder, vamos mostrar de que raça somos feitos”.[2] A dirigente acusou-o de xenofobia, questionando, num artigo que publicou: “Qual será a verdadeira razão de ser perseguida dentro do partido? Será porque sou cristã, brasileira, branca ou mulher?[1]

Nas eleições autárquicas de 2021 foi eleito para a Assembleia Municipal de Braga.[3]

Nas eleições legislativas de 2022, foi cabeça de lista por Braga pelo partido Chega, estando longe de reunir consenso entre as concelhias do distrito. A 28 de janeiro, a Concelhia de Barcelos do Chega anunciou a retirada de confiança política à Distrital de Braga e ao seu presidente, Filipe Melo,[4] em nota assinada por Agostinho Mota, presidente da concelhia.[5] A decisão foi tomada depois da distrital de Braga ter feito duas ações de campanha em Barcelos sem antes se reunir com a concelhia.[1] Durante a campanha, Filipe Melo usou em Guimarães o lema “Deus, Pátria, Família e Trabalho”, uma adaptação da ideia popularizada por Salazar.[6] Apesar dos conflitos internos, Melo foi eleito deputado pelo círculo de Braga.[4] No dia 19 de janeiro de 2024, André Ventura, presidente do CHEGA, voltou a confirmá-lo como cabeça de lista às eleições legislativas de 2024 por Braga.[7]

Deputado à Assembleia da República[editar | editar código-fonte]

XV Legislatura da República Portuguesa[editar | editar código-fonte]

A 30 de janeiro de 2022, Filipe Melo foi eleito deputado à Assembleia da República pelo CHEGA, pelo círculo eleitoral de Braga.[8][9] A 30 de setembro de 2023, participou numa manifestação de apoio à habitação, em Lisboa, juntamente com os deputados Rui Paulo Sousa e Jorge Galveias.[10] Nessa manifestação, foram agredidos e insultados, sendo necessária a intervenção e uma escolta da Polícia.[11][12][13] Ainda na manifestação, condenou os atos antidemocráticos dos manifestantes, afirmando: "Infelizmente, é esta a democracia que estas pessoas tanto apregoam? É que se é isto a democracia, então estamos na democracia errada. Todos têm o direito de se manifestar, seja de esquerda, seja de centro, seja de direita, nós compreendemos as reivindicações deles todos, associamo-nos a essas reivindicações, a essas manifestações, estamos solidários com elas. Agora, não podemos é compactuar com agressões e insultos".[14] No primeiro plenário da Assembleia da República, logo após este incidente, André Ventura condenou o Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, por não deixar nenhuma palavra de apoio aos deputados, por não condenar os manifestantes e por dizer "Devemos respeitar as manifestações cujos produtores, cujas motivações e cujos objetivos estão muito distantes dos nossos."[15] Após essa intervenção de Santos Silva, Ventura afirmou, que "O senhor presidente, meu presidente já não é, desta bancada já não é, de uma parte do país já não é, e eu não o reconheço como presidente da Assembleia da República, e vou-me embora."[16] Após essa intervenção, todos os deputados do grupo parlamentar do CHEGA abandonaram o plenário e deixaram nas suas bancadas um cartão a dizer "Santos Silva = Vergonha".[17][18]

Comissões Parlamentares[editar | editar código-fonte]

  • Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação;
  • Comissão de Assuntos Europeus [suplente];
  • Comissão de Saúde [suplente].

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições Autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data Municipio CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2021 Braga 5.º 4 827
5,24 / 100,00
Novo
2 / 38
Novo Eleito

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data Distrito CI. Votos % +/- Deputados +/- Status Notas
2022 Braga 3.º 28 746
5,81 / 100,00
Aumento5.13
1 / 18
Aumento1 Eleito Oposição
2024 3.º 93 826
16,86 / 100,00
Aumento11,05
4 / 18
Aumento3 Eleito

Referências

  1. a b c d Guerreiro, Catarina; Claudino, Henrique Magalhães (31 de janeiro de 2022). «Só há uma mulher nos deputados do Chega. E é antifeminista». CNN Portugal. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  2. «Ventura mais 11: quem é quem no novo grupo parlamentar do Chega». Expresso. 31 de janeiro de 2022. Consultado em 31 de janeiro de 2022 
  3. Geral (13 de dezembro de 2021). «Filipe Melo é o cabeça de lista do Chega por Braga». GUIMARAESDIGITAL.COM. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  4. a b Redação (30 de janeiro de 2022). «Filipe Melo é o primeiro deputado eleito pelo Chega de Braga». Semanário V. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  5. «CHEGA de Barcelos retira confiança política à distrital do partido liderada por Filipe Melo | Radio Barcelos». 28 de janeiro de 2022. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  6. Figueiredo, Inês André (21 de janeiro de 2022). «A grande distância entre Viana e Guimarães. André Ventura quase muda a sede do Chega num dia em que vê "luz" numa maioria de direita». Observador. Consultado em 31 de janeiro de 2022 
  7. «LEGISLATIVAS - Filipe Melo volta a encabeçar lista do Chega para eleger "vários deputados" por Braga - O Vilaverdense». 19 de janeiro de 2024. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  8. «Ao minuto: direção do PSD apanhada de surpresa pelos resultados, PS ainda sonha com a maioria». CNN Portugal. 30 de janeiro de 2022. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  9. «Eleições Legislativas 2022». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 30 de janeiro de 2022 
  10. «Deputados do Chega recebidos "com insultos" e "agressões" em protesto pela habitação em Lisboa». www.cmjornal.pt. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  11. «Deputados do Chega insultados na manifestação da habitação». www.dn.pt. 30 de setembro de 2023. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  12. «Deputados do Chega escoltados pela PSP após protestos de manifestantes pela habitação». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  13. «Manifestação pela habitação: deputados do Chega, recebidos com protestos, são escoltados pela polícia (COM VÍDEO)». Expresso. 30 de setembro de 2023. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  14. «▶ Vídeo: Deputados do Chega escoltados pela PSP após serem contestados em manifestação pela habitação». TSF Rádio Notícias. 30 de setembro de 2023. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  15. «Deputados do Chega abandonam plenário em protesto contra Santos Silva». www.cmjornal.pt. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  16. «Deputados do Chega abandonam plenário em protesto contra Santos Silva». www.cmjornal.pt. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  17. Lopes, Maria (3 de outubro de 2023). «Ventura protesta sobre "agressões" a deputados na manifestação, discute com Santos Silva e abandona plenário». PÚBLICO. Consultado em 9 de outubro de 2023 
  18. «André Ventura: ″Há mínimos em democracia. Santos Silva não quis condenar agressões a deputados do Chega″». www.dn.pt. 3 de outubro de 2023. Consultado em 9 de outubro de 2023