Gontijo Teodoro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Gontijo Theodoro
Gontijo Teodoro
Nome completo Gontijo Soares Theodoro
Nascimento 20 de março de 1924
Araxá, Minas Gerais, Brasil
Morte 5 de setembro de 2003 (79 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação radialista
locutor
apresentador de televisão

Gontijo Soares Theodoro (Araxá, 20 de março de 1924Rio de Janeiro, 5 de setembro de 2003) foi um radialista, locutor e apresentador de televisão brasileiro. É conhecido por ter apresentado a versão carioca do Repórter Esso na TV Tupi Rio de Janeiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Luiz e Luiza. Luiz, o pai, é descendente de espanhóis. Gontijo nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 20 de março de 1924. O pai, Luiz, era caixeiro viajante e a mãe, de família tradicional mineira, passou uma fase de dificuldades financeiras, ajudando a sustentar a família pedalando sua máquina de costura. O garoto Gontijo gostava de brincar de locutor numa latinha de massa de tomate.[1]

Já no Rio de Janeiro, para onde a família havia se mudado, Gontijo imitava os grandes locutores da época: César Ladeira, Urbano Lóes e outros. Tendo se mudado para Petrópolis, onde estudou com a professora Luzia Miranda Montes, a primeira vez que Gontijo participou de um programa de calouros, cantou, e foi "gongado". Foi para Belo Horizonte, depois para a cidade de Formiga. Conheceu o Capitão Furtado, grande nome da Rádio Bandeirantes de São Paulo, e que estava em turnê artística pelo interior. Gontijo acabou indo para aquela emissora paulista e aí começou realmente sua trajetória. A seguir foi para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sempre como locutor. O rádio tinha grande importância na época e Gontijo Theodoro foi crescendo e logo passou a apresentador de programas. Cabia a ele anunciar os grandes cantores, as orquestras de até 200 figuras, coisa que nunca mais voltou a existir. Foi nessa época que a televisão foi inaugurada. No Rio de Janeiro, um ano após São Paulo. Gontijo pensou que não iriam chamá-lo para a televisão, mas foi o oposto. Começou a apresentar: "Retratos da Semana", na TV Tupi Rio de Janeiro. Já era jornalista registrado, quando foi escolhido para ser o Repórter Esso, programa que já existia em rádio e que ia ser inaugurado na televisão. Gontijo ficou à frente do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Aquele era o verdadeiro Diário Oficial de toda população brasileira. Com sua voz possante e dicção perfeita, Gontijo Theodoro, às 8 horas da noite, em ponto, dava o seu "Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu, não aconteceu". Nunca foi necessário desfazer uma notícia. Não era um programa opinativo, era um jornal inteiramente informativo.[1]

Quando o Repórter Esso acabou Gontijo Theodoro teve dificuldade em ser aceito para outra emissora. Sua voz havia marcado demais. E aí ele começou a diversificar suas atividades. Publicou dois livros: "Você entende de notícias" e "Jornalismo na TV". Por vários anos foi também editor do "Jornal Messiânico", em São Paulo, mas de circulação nacional. Teve um programa no formato talk-show na Rádio Guanabara do Rio de Janeiro, com entrevistas, comentários e muitas coisas.[1]

A sua frase escolhida era uma frase de Adolpho Bloch, dono da Rede Manchete, que dizia: "O importante não é ser, nem ter, nem parecer, mas fazer". Faleceu dia 5 de setembro de 2003 de infarto em sua casa em Copacabana no Rio.[2]

Referências