Luiz Philippe de Orléans e Bragança – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luiz Philippe de Orléans e Bragança
Luiz Philippe de Orléans e Bragança
Deputado federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 2019
até atualidade
Legislatura 56.ª, 57.ª
Dados pessoais
Nome completo Luiz Philippe de Orléans e Bragança [1]
Nascimento 3 de abril de 1969 (55 anos)
Rio de Janeiro, GB
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Ana Maria Bárbara de Moraes Barros
Pai: Eudes de Orléans e Bragança
Alma mater FAAP
Stanford University
INSEAD
Prêmio(s) Ordem do Mérito Naval[2]
Esposa Fernanda Hara Miguita
Partido PFL (2005-2007)
DEM (2007-2016)
NOVO (2016-2018)
PSL (2018-2022)
UNIÃO (2022)
PL (2022-presente)
Religião Catolicismo
Profissão Empresário, político, ativista e cientista político
Website http://lpbraganca.com.br/

Luiz Philippe de Orléans e Bragança GOMN (Rio de Janeiro, 3 de abril de 1969), é um cientista político, empresário, ativista e político brasileiro filiado ao Partido Liberal (PL). É descendente dos imperadores do Brasil Pedro I e Pedro II, e, portanto, descendente da família imperial brasileira.[3][4][5]

Em 2019 assumiu o cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo, após ser eleito nas eleições gerais de 2018 pelo Partido Social Liberal, com 118 457 votos.[6][7] É um dos líderes e cofundador do movimento Acorda Brasil, que foi favorável ao impeachment de Dilma Rousseff,[3] além de sobrinho de Bertrand de Orléans e Bragança, atual pretendente ao extinto trono do Brasil.[8]

É o único descendente da família imperial brasileira a ocupar um cargo político de relevância no Brasil desde a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.[9]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Luiz Philippe de Orléans e Bragança nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 3 de abril de 1969,[10] o primeiro filho de Eudes de Orléans e Bragança, pretendente ao antigo título de Príncipe de Orléans e Bragança, e de sua primeira esposa, Ana Maria Bárbara de Moraes Barros, descendente de Bartira, uma das filhas do famoso cacique Tibiriçá. Sua mãe é filha de Luiz de Moraes Barros, sobrinho-neto de Prudente de Moraes, terceiro presidente da República do Brasil, e de sua esposa, Maria do Carmo Cerqueira César.

É neto paterno de Pedro Henrique de Orléans e Bragança e de sua esposa, a princesa Maria Isabel da Baviera (neta de Ludwig III, último rei da Baviera), bisneto do príncipe Luís Filipe Maria do Brasil e de sua esposa, a princesa Maria Pia das Duas Sicílias (neta do rei Fernando II das Duas Sicílias), trineto da princesa Isabel do Brasil e de seu marido, o príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu (neto do rei Louis Philippe I da França), e, portanto, tetraneto do imperador Pedro II do Brasil e pentaneto de seus pais, Pedro I do Brasil & IV de Portugal e a arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria.[pesquisa inédita]

Em 30 de agosto de 2008, casou com Fernanda Hara Miguita, de ascendência japonesa, com a qual tem um filho, Maximiliano de Orléans e Bragança .[11]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Luiz Philippe cursou administração de empresas na Fundação Armando Álvares Penteado, concluiu em 1993 um mestrado em ciências políticas na Universidade Stanford nos Estados Unidos e, em seguida, em 1997 especializou-se em administração de empresas, com um MBA, no Institut européen d'administration des affaires, na França.[carece de fontes?]

Carreira profissional[editar | editar código-fonte]

Luiz Philippe iniciou sua trajetória profissional nos Estados Unidos, onde trabalhou em empresas do mercado financeiro. Fez parte do planejamento financeiro da Saint-Gobain, multinacional francesa, entre 1993 e 1996. Em seguida, trabalhou por três anos no banco de investimentos JPMorgan em Londres e no banco de investimento do Lázard Freres, em Nova Iorque. A partir dos anos 2000, retornou ao Brasil como diretor de desenvolvimento de negócios da America Online (AOL) na América Latina. Em 2005 tornou-se empreendedor, ao fundar a empresa IKAT do Brasil, que atua no ramo de distribuição de moto-peças. Em 2012 Luiz Philippe fundou a ZAP Tech, uma incubadora de meios de pagamento para plataformas móveis.[12][carece de fontes?]

Atividade política[editar | editar código-fonte]

Fundou em 2014 o movimento Acorda Brasil. Em 2015, durante o início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, apresentou um projeto de reforma política à Câmara dos Deputados, em Brasília. Participou do desenvolvimento e intermediação junto ao Senado Federal, em 2016, de um Projeto de Emenda Constitucional que permita o voto de não confiança de um presidente.[13] Luiz Philippe também participa do Canal Terça Livre, com o programa Caia na Real, e viaja o Brasil com a palestra Redefinindo o Brasil.[14]

No dia 1º de setembro de 2016 o referido grupo Acorda Brasil, liderado por Luiz Philippe, entrou com um mandado de segurança que pediu a suspensão da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de aceitar um destaque proposto pelo Partido dos Trabalhadores e fatiar as votações do impeachment de Dilma. Os impetrantes argumentaram que isso feria a Constituição Federal, e ainda que a Constituição não permitiria interpretação quanto à dissociação da perda do cargo em relação à inabilitação por oito anos para o exercício da função pública.[15][16]

Documento do deputado solicitando renúncia de privilégios políticos em 2019.

Filiou-se ao Partido Novo, mas trocou-o pelo Partido Social Liberal em 2018, sendo em seguida eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo.[17][18] Foi o 33.º mais votado no estado[19] e o primeiro descendente da antiga Família imperial brasileira a ocupar um cargo político, desde a Proclamação da República em 1889.[20] Na época, foi considerada sua candidatura à vice-presidência do Brasil na chapa do candidato Jair Bolsonaro, do mesmo partido.[21][22]

Entre suas propostas está a criação de um quarto poder na figura de um chefe de Estado, como no parlamentarismo; inversão da pirâmide dos gastos público do Estado; criação de uma nova constituição nos moldes da Constituição de 1824, que instituía a monarquia como modelo de governo.[23]

Filiado ao PL, foi re-eleito deputado federal por São Paulo em 2022.

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Ameaças ao STF[editar | editar código-fonte]

Em maio de 2020 o deputado foi alvo, juntamente com outros colegas de partido, de um inquérito instituído pelo Supremo Tribunal Federal contra ameaças em redes sociais a membros da corte.[24] Após classificar o inquérito como absurdo e monocrático, o presidente Jair Bolsonaro condecorou Luiz Philippe com a Ordem do Mérito Naval no grau de Grande Oficial.[25][2]

Fake News[editar | editar código-fonte]

Segundo o levantamento do Aos Fatos de maio de 2020, Luiz Phillipe de Orleans e Bragança e um grupo de sete deputados investigados no inquérito das fake news publicaram em média duas postagens por dia em rede social em um período de três meses, com desinformação ou mencionando o STF de forma crítica.[26]

Desempenho Eleitoral[editar | editar código-fonte]

Ano Eleição Partido Candidato a Votos % Resultado Ref
2018 Eleições estaduais em São Paulo PSL Deputado Federal 118.457 0,56% Eleito [27]
2022 Eleições estaduais em São Paulo PL Deputado Federal 79.210 0,33% Eleito [27]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Por que o Brasil é um país atrasado? – o que fazer para entrarmos de vez no século XXI (2017).[28]
  • Antes que apaguem: sem desculpas, sem isenção, sem censura... por enquanto (2021).[29]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. https://www.genealogics.org/getperson.php?personID=I00192716&tree=LEO
  2. a b BRASIL, Decreto de 28 de maio de 2020.
  3. a b «Membro da 'família real' entra com ação contra manutenção de direitos de Dilma». Época Negócios. Globo. Consultado em 12 de abril de 2017 – via Agência Estado 
  4. Jiménez, Carla (15 de novembro de 2019). «O nem príncipe nem vice da política brasileira». EL PAÍS. Consultado em 18 de novembro de 2019 
  5. Felix, Adelia. «'No Brasil, não existe príncipe, rei, nem princesa', afirma historiador». Metro 1. Consultado em 18 de novembro de 2019 
  6. «Alexandre Frota e tataraneto de D. Pedro II são eleitos deputados federais por SP». G1 
  7. «Luiz Philippe O. Bragança 1702». Eleições 2018. Consultado em 8 de outubro de 2018 
  8. Lima, Daniel. «Descendente da 'família real' brasileira é um dos líderes de grupo anti-Dilma». Folha de S. Paulo. Uol. Consultado em 12 de abril de 2017 
  9. «Descendente da família imperial eleito deputado defende reforma na Constituição - Notícias». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 5 de janeiro de 2023 
  10. «Biografia do Deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 24 de outubro de 2020 
  11. Fontaine, Nicolas (4 de outubro de 2022). «Le prince Luiz Philippe d'Orléans-Bragance réélu député fédéral au Brésil». Histoires Royales (em francês). Consultado em 5 de janeiro de 2023 
  12. «FSA promove palestra com D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança – FSA – Centro Universitário Fundação Santo André». www.fsa.br. Consultado em 5 de janeiro de 2023 
  13. «O aprimoramento da democracia brasileira em debate». Site do Senador Alvaro Dias. Consultado em 14 de junho de 2017 
  14. «Palestra "Redefinindo o Brasil", com Luiz Philippe de Orleans e Bragança». reaconaria.org 
  15. «Membro da 'família real' entra com ação no STF contra manutenção de direitos de Dilma». Estadão. O Estado de São Paulo. 1 de setembro de 2016. Consultado em 12 de abril de 2017 
  16. Ramalho, Renan. «Membro da família real vai ao STF contra decisão que favoreceu Dilma». G1. Globo 
  17. Lima, Luís (18 de setembro de 2018). «As ideias do príncipe». Época. Consultado em 18 de fevereiro de 2021 
  18. «Luiz Philippe O. Bragança 1702 (PSL) Deputado Federal | São Paulo | Eleições 2018». 13 de novembro de 2018. Consultado em 18 de fevereiro de 2021 
  19. «Conheça os 70 deputados federais eleitos por São Paulo». R7.com. 7 de outubro de 2018 
  20. Dirani, Claudio (25 de setembro de 2020). «PERFIL丨Luiz Philippe de Orléans e Bragança: o "Príncipe Restaurador"». Esmeril. Consultado em 24 de outubro de 2020 
  21. «Conheça o Príncipe Luiz Philippe, possível vice de Bolsonaro». MSN. Consultado em 11 de outubro de 2018 
  22. Luiz Philippe de Orleans e Bragança conta por que não foi o vice de Bolsonaro, consultado em 26 de setembro de 2019 
  23. Luís Lima. «As ideias do príncipe». Época. Globo. Consultado em 7 de outubro de 2018 
  24. «Inquérito das fake news investiga seis deputados federais bolsonaristas». O Globo. 27 de maio de 2020. Consultado em 31 de maio de 2020 
  25. «'Ordens absurdas não se cumprem', diz Bolsonaro sobre operação da PF contra fake news». G1. Consultado em 31 de maio de 2020 
  26. «Deputados investigados por 'fake news' publicam dois tweets críticos ao STF por dia em três meses». Aos Fatos. 28 de maio de 2020. Consultado em 19 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2021 
  27. a b «Deputado príncipe descendente da família imperial se reelege deputado». O Globo. Consultado em 8 de outubro de 2022 
  28. Bragança, Luiz Phillipe de Orleans e (2017). Por que o Brasil é um país atrasado? : o que fazer para entrarmos de vez no século XXI. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito. ISBN 9788581638645. OCLC 1007386481 
  29. de Orléans e Bragança, Luiz Philippe (2021). Antes que apaguem: Sem desculpas, sem isenção, sem censura... por enquanto. Brasil: Maquinaria Editorial. ISBN 9786588370070 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]