Mânio Emílio Lépido (cônsul em 66 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Mânio Emílio Lépido redireciona para cá. Não confundir com Manio Emílio Lépido, cônsul em 11 d.C..
Mânio Emílio Lépido
Cônsul da República Romana
Consulado 66 a.C.

Mânio Emílio Lépido (em latim: Manius Aemilius Lepidus) foi um político da família dos Lépidos da gente Emília da República Romana eleito cônsul em 66 a.C. com Lúcio Volcácio Tulo. Era neto de Marco Emílio Lépido, cônsul em 158 a.C..

Carreira[editar | editar código-fonte]

É possível que tenha sido o mesmo Lépido foi proquestor numa província oriental entre 84 e 78 a.C..[1] e pai de Quinto Emílio Lépido, cônsul em 21 a.C.. Antes de 69 a.C. já havia sido pretor[2] e, três anos mais tarde, foi eleito cônsul com Lúcio Volcácio Tulo,[3][4] o mesmo ano no qual Cícero foi pretor,

Foi mencionado diversas vezes para Cícero, mas jamais teve muita importância política. Em 65 a.C., foi testemunha contra Caio Cornélio, um dos clientes defendidos por Cícero.[5] Dois anos depois, Catilina ofereceu se colocar na custódia de Lépido depois de ter sido informado do iminente processo que viria contra si por suspeita de conspiração.[6]

Lépido era membro da facção aristocrática do Senado Romano (optimates), mas, quando irrompeu guerra civil, em 49 a.C., retirou-se para sua villa em Fórmia para observar a progressão dos eventos. Ali, interagiu diariamente com Cícero, cujas cartas informam que Lépido estava decidido a não fugir para o oriente com Pompeu e a se render a Júlio César se este fosse o provável vencedor. No final, Lépido acabou voltando para Roma.[7][8][9][10][11]

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Mânio Acílio Glabrião

com Caio Calpúrnio Pisão

Mânio Emílio Lépido
66 a.C.

com Lúcio Volcácio Tulo

Sucedido por:
Lúcio Mânlio Torquato

com Lúcio Aurélio Cota


Referências

  1. Broughton, pg. 85
  2. Broughton, pg. 130
  3. Broughton, pg. 150.
  4. Dião Cássio, História Romana,36.42
  5. Syme, Roman Revolution, pg. 22
  6. Holmes, T. Rice, The Roman Republic and the Founder of the Empire, Vol. I, pg. 261
  7. Anthon & Smith, pg. 432
  8. Salústio, Bellum Catilinae 18
  9. Cícero, Catilinam 1.6; Pro Sulla 4; Ad Atticum 7.12, 7.23, 8.1, 8.6, 8.9, 8.15, 9.1.
  10. Dião Cássio, História Romana XXXVI 42.
  11. Ascônio, In Cornel. p. 66, ed. Orelli
  12. Michael Harlan, Roman Republican Moneyers and their Coins 63 BC - 49 BC, Londra, Seaby, 1995, pag. 3.
  13. Ronald Syme, L'aristocrazia augustea, Rizzoli Libri, Milano, 1993, ISBN 978-8817116077, tavola IV.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]