Populorum Progressio – Wikipédia, a enciclopédia livre

Populorum Progressio
(latim: Desenvolvimento dos Povos)
Carta encíclica do papa Paulo VI
Christi Matri Sacerdotalis Caelibatus
Data 26 de março de 1967
Assunto A necessidade de promover o desenvolvimento dos povos
Encíclica número 5 de 7 do pontífice
Texto em latim
em português

Populorum progressio ('Do Progresso dos povos')[1] é uma famosa encíclica escrita pelo Papa Paulo VI e publicada em 26 de março de 1967.

A encíclica é dedicada à cooperação entre os povos e ao problema dos países em desenvolvimento. O texto denuncia o agravamento do desequilíbrio entre países ricos e pobres, critica o neocolonialismo e afirma o direito de todos os povos ao bem-estar. Propõe a criação um grande Fundo mundial, sustentado por uma parte da verba das despesas militares, para vir em auxílio dos mais deserdados.

O texto critica tanto o "liberalismo sem freio" que conduziu ao "imperialismo internacional do dinheiro", como a "coletivização integral e a planificação arbitrária, que priva os homens da liberdade e dos direitos fundamentais da pessoa humana."

Populorum progressio é uma das encíclicas mais importantes da historia da Igreja Católica, ainda que tenha suscitado críticas nos meios mais conservadores[2], particularmente quando admite o direito dos povos à insurreição revolucionária - mas apenas nos casos de "tirania evidente e prolongada que ofendesse gravemente os direitos fundamentais da pessoa humana e prejudicasse o bem comum do país.

O Papa Bento XVI, em sua encíclica Caritas in Veritate, reiterou a importância da mensagem contida na Populorum Progressio. Segundo ele, da mesma forma que a encíclica Rerum Novarum foi importante para a época, a encíclica de Paulo VI é importante para os desafios de contemporaneidade. Nas palavras de Bento XVI: "...exprimo a minha convicção de que a Populorum progressio merece ser considerada como « a Rerum novarum da época contemporânea », que ilumina o caminho da humanidade em vias de unificação".[3].

Referências