Operação INFEKTION – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em 1992, o Diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira (SVR), Yevgeny Primakov, admitiu que a KGB estava por trás de artigos jornalísticos soviéticos que alegavam que a AIDS foi criada pelo governo dos EUA.[1]

Operação INFEKTION foram diversas campanhas de desinformação, usando de medidas ativas, realizadas pela KGB durante a guerra fria. Um das desinformações que obtiveram sucesso em sua propagação foi a noção de que os Estados Unidos inventaram a AIDS como parte de um projeto de pesquisa de armas biológicas em Fort Detrick, Maryland. A União Soviética usou desta tática para buscar prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos, fomentar o anti-Americanismo e criar tensões sobre a presença de bases militares dos EUA no mundo.[2]

De acordo com analistas do Departamento de Estado dos EUA, outra razão para a União Soviética ter "promovido a desinformação sobre a AIDS pode ter sido sua tentativa de distrair a atenção internacional para longe de seu próprio programa de guerra biológica, que [foi monitorada] por décadas." Além de antrax, acredita-se que os soviéticos desenvolveram a tularemia, a peste e a cólera para fins de guerra biológica, bem como a toxina botulínica, enterotoxinas, e micotoxinas.[3] Uma explicação alternativa é que a operação pode ter sido em retaliação às acusações, pelos EUA, de que os soviéticos usaram armas químicas no sudeste da Ásia, depois chamado de incidente da chuva amarela.

Referências

  1. AIDS as a biological weapon. America.gov (2005)
  2. U.S. Department of State. Soviet Influence Activities: A Report on Active Measures and Propaganda, 1986-87. Washington D.C.: Bureau of Public Affairs, August 1987., pg. 33
  3. U.S. Department of State. Soviet Influence Activities: A Report on Active Measures and Propaganda, 1986-87. Washington D.C.: Bureau of Public Affairs, August 1987., pg. 45