Pushpa Kamal Dahal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pushpa Kamal Dahal
पुष्पकमल दाहाल
Prachanda
Pushpa Kamal Dahal
Pushpa Kamal Dahal
पुष्पकमल दाहाल
Primeiro-ministro do Nepal
Período 26 de dezembro de 2022
a presente
Presidente Ram Chandra Poudel
Antecessor(a) Sher Bahadur Deuba
Primeiro-ministro do Nepal
Período 4 de agosto de 2016
a 7 de junho de 2017
Antecessor(a) Khadga Prasad Oli
Sucessor(a) Sher Bahadur Deuba
Primeiro-ministro do Nepal
Período 18 de agosto de 2008 - 23 de maio de 2009
Presidente Ram Baran Yadav (interino)
Antecessor(a) Girija Prasad Koirala
Sucessor(a) Madhav Kumar Nepal
Dados pessoais
Nascimento 11 de dezembro de 1954 (69 anos)
Dhikur Pokhari, Kaski, Nepal
Progenitores Mãe: Bhawani Dahal
Pai: Muktiram Dahal
Alma mater Universidade Tribhuvan
Cônjuge Sita Dahal
Partido Partido Comunista do Nepal (Maoísta)
Religião Ateísmo
Profissão Engenheiro agrônomo
Website Website oficial

Pushpa Kamal Dahal, em nepalês: पुष्पकमल दाहाल (Dhikur Pokhari, 11 de dezembro de 1954), também conhecido como Prachanda, é um político nepalês e primeiro-ministro do país desde 26 de dezembro de 2022.[1] Ocupou o mesmo cargo anteriormente de 4 de agosto de 2016 a 7 de junho de 2017.[2] Ele também é o líder do Partido Comunista do Nepal (Maoísta).[3][4] Prachanda já foi primeiro-ministro do Nepal durante os anos de 2008 e 2009, após poucos meses de o país ter abolido a monarquia depois de 240 anos.[4]

Como líder do Partido Comunista do Nepal (Maoísta), ele também foi o líder supremo da sua ala armada, o Exército Popular de Liberação do Nepal que liderou guerra civil nepalesa que se deu início no dia 13 de fevereiro de 1996 e seguiu até 2006 matando cerca de 13 mil pessoas.[5]

Infância e juventude[editar | editar código-fonte]

Prachanda nasceu em 11 de dezembro de 1954 na pequena aldeia de Kaski, que fica a 143 km da capital do Nepal, Katmandu.[6] Vindo de uma família de fazendeiros de origem brâmanes de condições modestas. Sua família mudou-se para Chitwan quando ele tinha 11 anos de idade, onde ele passou a maior parte de sua infância.[7]

No ano 1975, Prachanda graduou-se do Instituto de Agricultura e Ciência Animal em Rampur, Chitwan, com um diploma em Ciências Agrícolas. Depois disso, ele também trabalhou em um projeto de desenvolvimento rural em Jajarkot.[8]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Prachanda discursando durante uma campanha Pokhara.

Sua carreira política decolou no ano de 1980. Ele chefiou o União Nacional de Todos os Estudantes Livres do Nepal (Revolucionário). Esta união era afiliada do Partido Comunista Radical do Nepal.[9]

No ano de 1981, ele se juntou ao clandestino Partido Comunista do Nepal (Quarta Convenção).[9]

Em 1989, Prachanda tornou-se o secretário geral do antigo Partido Comunista do Nepal (Mashal). Depois de muitas divisões e controvérsias, este partido foi renomeado como Partido Comunista do Nepal (Maoísta) em março de 1995.[10]

Em 13 de fevereiro de 1996, o Partido Comunista do Nepal (Maoísta) lançou sua campanha insurgente para abolir a monarquia. Este foi chefiado por Prachanda que começou com ataques em várias delegacias.[11] A campanha não teve sucesso ao longo dos 10 anos de insurgência, mas no final conseguiram abolir a monarquia que governou o Nepal há quase 240 anos.[4]

Prachanda tornou-se popular depois de sua aparição pública em junho de 2006.[12] Este foi o momento em que ele veio para a frente para negociar a criação de um novo governo para o país com o primeiro-ministro Girija Prasad Koirala e outros líderes da oposição. Prachanda também assinou o acordo de paz abrangente em novembro de 2006. Durante este tempo, o Partido Comunista do Nepal (Maoísta) estava trabalhando para fazer Prachanda o chefe do novo governo.[13]

Nas eleições de 2008, o Partido Comunista do Nepal (Maoísta) surgiu como o partido mais forte, ganhando 220 lugares em uma assembleia constituinte de 601 membros.[14] Em maio de 2008, a nova assembléia votou e Nepal um país democrático e em 15 de agosto de 2008. Prachanda foi eleito primeiro-ministro em agosto de 2008.[15] Na sequência de desentendimentos com o presidente Ram Baran Yadav, em especial sobre a incorporação de ex-guerrilheiros maoístas no exército nacional, e para recuperar o apoio popular afetada por sua incapacidade para resolver a crise econômica e social do país, maoístas deixou o governo em 4 de maio de 2009 e boicotando o Parlamento.[16]

Prachanda foi eleito primeiro-ministro do Nepal em 3 de agosto de 2016, depois de seu antecessor Khadga Prasad Oli renunciou o seu cargo.[2]

Vida pessoal e Legado[editar | editar código-fonte]

Mesmo após o Nepal ter assegurado a democracia no ano de 1990, Prachanda permaneceu na maior parte clandestino, liderando a ala clandestina do Partido Comunista do Nepal (maoísta).[17]

Durante o período de 10 anos de insurgência no Nepal, Prachanda permaneceu clandestino. Oito desses anos foram gastos na Índia. Baburam Bhattarai foi a face pública do Partido Comunista do Nepal (Maoísta) para o período em que Prachanda estava clandestino. No entanto, em 2004 e 2005, sua relação tornou-se azedo devido ao desacordo sobre a partilha de poder dentro do partido.[17]

Um de seus gurus políticos e um importante companheiro durante 10 anos de guerra civil, Mohan Baidya (Kiran) teve uma desavença com ele sobre o futuro do curso de ação pelo partido. Kiran queria outra guerra civil, mas Prachanda e Baburai Bhattarai defenderam que o partido deveria apoiar o atual sistema parlamentar e que eles deveriam estar na linha da Paz e da Constituição.[18]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Roy, Anirban (2008). PRACHANDA: The Unknown Revolutionary (Katmandu: Mandala Book Point). ISBN 9789994655083
  • Surhone, Lambert; Timpledon, Miriam; Marseken, Susan (2010). PRACHANDA (Estados Unidos: Betascript Publishing). ISBN 6130989318

Referências

  1. «December 2022». Rulers (em inglês). Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  2. a b «Líder do partido maoísta é eleito primeiro-ministro no Nepal». Zero Hora. 3 de agosto de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  3. «Peace process concluding soon after 10 years: Nepal PM Pushpa Kamal Dahal» (em inglês). Kathmandu: The Indian Express. 17 de novembro de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  4. a b c «Multidão pinta a cara e comemora fim de 240 anos de monarquia no Nepal». Os três principais partidos decidiram instaurar a figura do presidente. Os políticos, porém, ainda mantêm sérias divergências em vários pontos. G1. 28 de maio de 2008. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  5. «Nepali CPN-M reshuffles responsibilities of key leaders» (em inglês). Xinhua News Agency. 12 de setembro de 2008. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  6. «Profile: Prachanda, from commander to prime minister» (em inglês). Xinhua News Agency. 15 de agosto de 2008. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  7. «Nepali PM Prachanda Sworn In». crienglish.com (em inglês). 18 de agosto de 2008. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  8. SENGUPTA, Somini (30 de outubro de 2005). «Where Maoists Still Matter» (em inglês). The New York Times. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  9. a b Anand Gurung (3 de dezembro de 2008). «Puspha Kamal Dahal's Long Walk: Rise Of A Rebel» (em inglês). Consultado em 21 de novembro de 2016 
  10. Roy, Anirban (2008). PRACHANDA: The Unknown Revolutionary (Katmandu: Mandala Book Point). ISBN 9789994655083
  11. Uttam Niraula (20 de setembro de 2016). «Nepal Police confirms Resham Chaudhary whom Prachanda met in New Delhi is still a "wanted" man». southasia.com.au (em inglês). Kathmandu. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  12. «Nepal Maoists rejoin cabinet after monarchy deal» (em inglês). Reuters. 30 de dezembro de 2007. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  13. «Maoists to join Nepal government» (em inglês). BBC News. 16 de junho de 2006. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  14. «Former communist becomes Nepal PM» (em inglês). Katmandu: CNN. 15 de agosto de 2015. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  15. Tilak Pokharel e Somini Sengupta (15 de agosto de 2008). «Nepal Elects a Maoist to Be the Prime Minister» (em inglês). The New York Times. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  16. «Nepal PM quits in army chief row» (em inglês). BBC. 4 de maio de 2009. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  17. a b Bhushan, Ranjit (2015). Maoism in India and Nepal (Índia: Routledge). ISBN 9781317412328
  18. «Nepal Maoists Chief Dahal's new family members are RAW and CIA: Badal» (em inglês). Telegraph Nepal. 22 de setembro de 2011. Consultado em 21 de novembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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