Unipartidarismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Unipartidarismo, sistema unipartidário ou sistema de partido único é um sistema partidário em que um único partido político é legal, confundindo-se com o próprio Estado, sendo que legalmente não podem existir outros partidos. Às vezes o termo unipartidarismo é utilizado para descrever um sistema de partido dominante, em que existem outros partidos, mas as leis impedem a oposição de obter legalmente poder. Um regime unipartidário não deve ser confundido com uma democracia não-partidária que proíbe partidos políticos.

Conceito[editar | editar código-fonte]

Os defensores do unipartidarismo frequentemente apelam para sentimentos: união, força e comunhão - que um governo unipartidário poderia oferecer ao Estado, argumentando que introduzir um sistema multipartidário acarreta supostamente em divisão nacional e é impróprio para o desenvolvimento econômico. Este argumento foi particularmente usado durante meados do século XX, utilizando como exemplo a União Soviética (embora a URSS, diferente de outros países, admitisse a candidatura de políticos sem partido), que tinha se transformado de uma nação atrasada e agrária em uma potência. Argumenta-se que outra vantagem é a tendência a adotar políticas de longo prazo, enquanto estados multipartidários tendem a privilegiar políticas de curto prazo, por conta das eleições periódicas.

Um contra-argumento comum é que este sistema partidário é autoritário e antidemocrático, além de poder tornar-se rígido e menos disposto a aceitar as mudanças. O unipartidarismo muitas vezes é associado com a ditadura, pois como existe apenas um partido, o poder político concentra-se neste partido, e por consequência, é fácil para ele ignorar leis anteriores ou a Constituição do Estado. O unipartidarismo não é considerado um sistema democrático, devido ao fato de que um partido único representa uma escolha única para o eleitor, não possuindo nenhuma outra opção. Embora muitas ditaduras tenham sido unipartidárias, isto não é uma necessidade, posto que existem outras formas de ditadura, nas quais o poder político pode residir com uma outra instituição (no caso as Forcas Armadas ou uma instituição religiosa no caso do Islã) , que exerce sua autoridade sem ter em conta os partidos políticos ou eleições.

Nações Unipartidárias[editar | editar código-fonte]

Na Atualidade[editar | editar código-fonte]

Antigos estados unipartidários[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Charles K. Armstrong, The North Korean revolution, 1945-1950, Cornell University Press, 2004, p. 107, 230
  2. Refugees, United Nations High Commissioner for. «Refworld | Cuba: Information on the Committees for the Defense of the Revolution (CDR)». Refworld (em inglês). Consultado em 8 de fevereiro de 2022 
  3. Monsálvez Araneda, Danny (junho de 2016). «La asamblea del pueblo en Concepción. La expresión del poder popular». Revista de Historia (Concepción) (16): 37–58. ISSN 0717-8832. doi:10.29393/rh16-14dmap10014. Consultado em 8 de fevereiro de 2022 

Notas

  1. Existem outros dois partidos, completamente insignificantes e subservientes ao PTC, que são o Partido Chondoísta e o Partido Social-Democrata da Coreia do Norte. Os três partidos fazem parte da Frente Democrática para a Reunificação da Pátria.
  2. Embora houvesse uma oposição democrática oficial, o MDB, a ARENA era de facto o único partido do governo.
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