Tentativa de golpe de Estado no Chade em 2006 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tentativa de golpe de Estado no Chade em 2006
Período 14 de março
Local Chade
Causas • Alteração na constituição que permitiria a Idriss Déby uma nova reeleição e abolir o mandato presidencial em dois períodos.
Objetivos • Derrubar o avião com o presidente Déby; impedir a realização das eleições presidenciais.
Resultado • Prisão de 100 rebeldes.
Participantes do conflito
Chade Forças de defesa e
de segurança do governo chadiano
Chade Tom Erdimi
Chade Timane Erdimi
Chade General Seby Aguid

A tentativa de golpe de Estado no Chade em 2006 foi uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente chadiano Idriss Déby, que foi frustrada na noite de 14 de março de 2006.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

De acordo com fontes estatais em 14 de março de 2006 um grupo militar planejou derrubar uma aeronave na qual Idriss Déby estava. O presidente voltava para Jamena da cúpula internacional da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), que ocorreu em Bata, Guiné Equatorial.[2]

O golpe envolveu membros do exército chadiano, liderados pelos irmãos Tom e Timane Erdimi, dois oficiais de alto escalão que tentaram depor Déby em 2004 e o ex-general Seby Aguid. O ministro da segurança, Routouang Yoma Golom, declarou aos jornalistas que havia "cerca de 100 membros das forças armadas envolvidos neste golpe que foram presos. Eles serão levados a julgamento... A situação está totalmente sob controle e a calma retornou. O chefe de Estado foi pessoalmente várias vezes aos campos militares para restaurar a ordem."[3]

De acordo com a declaração do governo, as forças de defesa e de segurança frustraram os planos dos terroristas e os perseguiram. Os soldados rebeldes fugiram em sete veículos depois que os soldados leais ao presidente frustraram sua tentativa. Dois dos veículos foram parados e "seus ocupantes neutralizados". Os veículos restantes fugiram para a parte oriental do país enquanto eram perseguidos pelas forças chadianas. O Ministro das Comunicações e da Cultura e porta-voz do Governo, Hourmadji Moussa Doumngor, afirmou que aqueles que organizaram o golpe foram ex-militares e funcionários civis do governo que viviam em Burkina Faso, Camarões, Sudão e Estados Unidos. [4][5] Também acusou o Sudão de apoiar os rebeldes chadianos, o que o país imediatamente negou.[4]

Em 16 de março de 2006, os rebeldes chadianos anunciaram que seu objetivo era impedir as eleições presidenciais agendadas para 3 de maio de 2006. Na eleição, o presidente Déby, pela terceira vez, buscava a presidência depois de alterar a constituição e abolir o mandato presidencial de dois períodos. As autoridades estatais declararam que as eleições não seriam adiadas e aconteceriam dentro do prazo. [6] Em 21 de março de 2006, as autoridades anunciaram que haviam prendido cem rebeldes, ligados ao ataque frustrado ao avião do presidente. [3]

Referências

  1. «Troops reportedly stop coup attempt». Chicago Tribune. 16 de Março de 2006 
  2. «Golpistas do Chade queriam derrubar o avião presidencial». Uol Noticias. 15 de março de 2006 
  3. a b Betel Miarom, "Chad detains dozens after coup attempt", Reuters (IOL), 21 de março de 2006.
  4. a b Dany Danzoumbe, "Coup attempt foiled in Chad - officials", Reuters (IOL), 16 de março de 2006.
  5. «CHAD: Coup attempt foiled, government says». GlobalSecurity.org. 15 de março de 2006 
  6. «Chad rebels say will try to block May elections». Reuters. 16 de Março de 2006. Cópia arquivada em 17 de Março de 2006 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]