Ruptura metabólica – Wikipédia, a enciclopédia livre

A rutura metabólica (português europeu) ou ruptura metabólica (português brasileiro), ou fratura metabólica, é a desconexão, ou o desequilíbrio da interação metabólica entre a humanidade e o resto da natureza derivada da produção capitalista e a crescente divisão entre a cidade e o campo. É um conceito criado a partir da noção de Karl Marx sobre a “ruptura irreparável no processo interdependente do metabolismo social”[1] usado a

mplamente nos anos recentes em discussões meio ambientais, particularmente pela esquerda política.

A ruptura metabólica, de acordo com John Bellamy Foster, quem cunhou o termo, é o desenvolvimento do trabalho precoce de Marx nos Manuscritos económicos e filosóficos sobre a essência das espécies e a relação dos seres humanos e a natureza. O metabolismo é a “análise madura da alienação da natureza”[2] de Marx e apresenta “uma maneira sólida e científica de representar o intercâmbio complexo e dinâmico entre os seres humanos e a natureza, resultado do trabalho”.[3]

Diferenciando-se dos que atribuíram a Marx uma indiferença pela natureza e a responsabilidade dos problemas ambientais da União Soviética e outros estados supostamente comunistas, Foster encontra na teoria da fratura metabólica a evidência da perspectiva ecológica de Marx. A teoria da fratura metabólica permite desenvolver uma crítica da degradação ambiental que antecipou grande parte do pensamento ecológico atual, incluindo as questões de sustentabilidade.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Marx, Karl. O Capital. Livro III. [S.l.: s.n.] 
  2. a b (em inglês) Marx’s Ecology: Materialism and Nature. Monthly Review.
  3. (em inglês) Marx’s Theory of Metabolic Rift: Classical Foundations for Environmental Sociology. Arquivado em 19 de outubro de 2016, no Wayback Machine. American Journal of Sociology. Septiembre de 1999.